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Capital

De 710 médicos convocados para reforçar atendimento, 75% desistem

Para atender a demanda, conforme a prefeitura, são necessários mais 12 profissionais na atenção básica e 180 na urgência

Viviane Oliveira | 22/03/2019 11:06
Pacientes e pais em busca de atendimento médico para os filhos no Posto de Saúde da Coronel Antonino no último domingo (Foto: Direto das Ruas)
Pacientes e pais em busca de atendimento médico para os filhos no Posto de Saúde da Coronel Antonino no último domingo (Foto: Direto das Ruas)

De janeiro até agora, apenas 177 dos 710 médicos convocados pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) foram efetivados para atuar nas unidades básicas e de saúde da família, CAPS (Centro de Atenção Psicossocial), UPA (Unidade de Pronto Atendimento) e CRS (Centro Regional de Saúde). Atualmente, há 1.067 médicos na rede.

Pela OMS (Organização Mundial de Saúde), o município tem mais médicos (de 1 para cada 1 mil habitantes) do que a necessidade. No entanto, faltam especialistas como pediatras e plantonistas para atender a demanda, conforme o órgão são necessários mais 12 profissionais na atenção básica e 180 na urgência. Segundo a assessoria de imprensa, muitos médicos desistem no momento da efetivação por vários motivos, sendo um deles plantão em UPAs. 

Na última terça-feira (19), dos 130 médicos convocados no cadastro temporário para reforçar o atendimento na rede municipal de saúde, apenas 22 foram efetivados, ou seja, 30%. A lista tinha 8 pediatras para trabalhar 24 horas semanais e 122 médicos ambulatoriais, com carga horária que varia entre 24, 40 e 48 horas de trabalho semanal.

Nesta sexta-feira (22), publicação do Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande) traz a convocação de mais 34 médicos temporários. As vagas são para um pediatra, oito plantonistas residentes, dois médicos plantonistas e 23 médicos ambulatoriais.

Sem pediatras e com apenas dois médicos clínico-gerais para prestar atendimento a dezenas de pacientes na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Coronel Antonino no último domingo (17), o secretário de Saúde de Campo Grande, Marcelo Vilela, foi à unidade atender crianças e adultos. Segundo as mães, até então, a situação era de caos e descaso. Mesmo com reforço, houve gente que foi embora sem atendimento. O Campo Grande News tentou falar com o titular da pasta por telefone, mas sem sucesso. 

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