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Capital

Defesa de motorista de BMW que matou Carla quer teste de alcoolemia da vítima

Advogado diz que pedido serve para verificar os fatos e não para culpar a vítima.

Mirian Machado | 30/03/2021 17:34

A moto Honda Biz, que a vítima conduzia, ficou presa em meio a lataria da BMW (Foto: Direto das Ruas)
A moto Honda Biz, que a vítima conduzia, ficou presa em meio a lataria da BMW (Foto: Direto das Ruas)

A defesa de Wilson Benevides de Souza, 29 anos, que matou atropelada a técnica em enfermagem Carla Jaqueline Miranda, 40 anos, na noite do dia 24 de janeiro no Bairro Estrela do Sul em Campo Grande, cobrou em peça encaminhada à 2º Vara do Tribunal do Júri, o resultado do teste o alcoolemia da vítima, colhido durante exames no Imol (Instituto Medicina e Odontologia Legal).

O caso está na fase de ouvir testemunhas, com audiência realizada nesta segunda-feira (29).“Teve divergências durante depoimentos das testemunhas de acusação e já havia sido coletado sangue dela para fazer o teste, mas não foi divulgado o resultado", afirma o advogado Thiago Gomes Faria. "Não queremos culpar a vítima. É apenas para saber se ela estava sã ou não, só para verificar os fatos mesmo”,  diz.

Wilson Benevides está preso desde 24 de janeiro por assassinato no trânsito. (Foto: Reprodução das redes sociais)
Wilson Benevides está preso desde 24 de janeiro por assassinato no trânsito. (Foto: Reprodução das redes sociais)

Conforme o advogado do réu, que até o momento permanece preso, durante a audiência, as testemunhas ainda apresentaram depoimentos contraditórios, inclusive sobre a vítima estar ou não na contramão da via e também sobre os minutos que antecedem o momento exato da colisão.

“Nas próximas audiências poderemos comprovar alguns desses fatos. Faltou uma testemunha chave e o depoimento dele que foi remarcado”, explicou o advogado sem dar detalhes sobre os relatos.

Ainda segundo Faria, o cliente confessou que fugia da polícia, porém lhe contou que há um real motivo para estar em alta velocidade. “Ele confirma que fugiu da polícia, mas me apresentou outro motivo para estar em alta velocidade, porém vamos deixar para detalhar isso mais pra frente”, disse, afirmando ainda que Wilson se arrepende e que o caso teria sido uma fatalidade pra ele.

Nova audiência deve ocorrer na tarde do dia 26 de abril para ouvir o réu.

Atropelamento- Wilson conduzia uma BMW/320 preta, às 22h do dia 24 de janeiro na Avenida Prefeito Heráclito Diniz Figueiredo. Bêbado, ele estava fugindo de abordagem policial, a mais de 100 km/h, quando colidiu a BMW contra a motocicleta de Carla próximo ao cruzamento com a Rua Veridiana, no Bairro Estrela do Sul.

Conforme o processo, Wilson, que não era habilitado, assumiu grave risco, desrespeitou diversas regras de trânsito e em seguida colidiu contra a motocicleta da vítima. No dia, além da alta velocidade, o homem invadiu a contramão e colidiu com a vítima.

Carla havia comprado a motocicleta Honda Biz havia pouco mais de um mês.

Ficha extensa- No sistema de registros de boletins de ocorrência da Polícia Civil, Wilson é citado em 47 casos, aparecendo como vítima e também como autor. Entre os registros estão casos de porte de drogas para consumo pessoal, vias de fato, lesão corporal (violência doméstica), tráfico de drogas, calúnia, dirigir veículo sem habilitação, desobediência e dois homicídios. Os assassinatos ocorreram em 25 de dezembro de 2012 e 12 de maio de 2013, todos em Campo Grande.

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