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Capital

Defesa entra com recurso e pede que PM que matou marido seja absolvida

Em agosto deste ano, após mais de dois anos do crime, o juiz Aluízio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Crime, determinou que Itamara Romeiro fosse a júri popular

Geisy Garnes | 02/11/2018 17:27
Itamara Nogueira deixa prédio da Corregedoria ao lado do advogado José Roberto em outubro do ano passado (Foto: André Bittar)
Itamara Nogueira deixa prédio da Corregedoria ao lado do advogado José Roberto em outubro do ano passado (Foto: André Bittar)

A tenente-coronel Itamara Romeiro Nogueira - réu pela morte do marido Valdeni Lopes Nogueira, que era major da PM (Polícia Militar) - tenta mais uma vez ser absolvida sem ir a júri popular. A decisão agora está com os desembargadores do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul).

Em agosto deste ano, após mais de dois anos do crime, o juiz Aluízio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Crime, determinou que Itamara Romeiro fosse a júri popular pelo crime. Enquanto o julgamento não era marcado, o oficial permaneceria em liberdade, cumprindo as medidas cautelares, como não deixar a cidade por mais de oito dias sem autorização e se apresentar em juízo trimestralmente.

A defesa da oficial no entanto recorreu a decisão no mês seguinte, pedindo para que ela seja absolvida do crime sem ir a júri. No pedido, o advogado de Itamara, José Roberto Rodrigues Rosa, reforça que a mulher pediu por ajuda logo após o crime. “Não nos parece razoável que uma pessoa que queria deliberadamente matar peça socorro para sua vítima”, escreve.

No dia 26 de outubro, o juiz encaminhou o caso para o Tribunal de Justiça. Enquanto o processo não é analisado pelos desembargadores, as movimentações nele ficam suspensas. Caso a decisão seja mandar a oficial da Polícia Militar a júri, o julgamento só acontece no próximo ano.

O crime - Na tarde de 12 de julho de 2016, o casal estava discutindo em casa, no bairro Santo Antônio, e por volta das 16h30 a mulher efetuou disparos contra o marido. Com a chegada da PM, Itamara se trancou na residência e se negou a entregar a arma, mas confessou o crime.

Itamara afirmou a Justiça que foi vítima de violência doméstica, que já ocorria há tempos, e desta vez, agredida com socos e tapas, teria sido ameaçada de morte pelo marido e agiu em legítima defesa.

Segundo o depoimento da oficial, após as agressões o marido foi em direção ao carro para pegar a arma e ela correu até o quarto, alcançou sua pistola e disparou em direção a vítima. O caso foi investigado pela 7ª Delegacia de Polícia Civil, que ao fim do inquérito afirmou que a PM agiu em legítima defesa.

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