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Capital

Delegacia começa semana lotada, em segunda-feira pós-furtos no comércio

Além dos prejuízo, comerciantes têm que enfrentar transtorno desde o registro na polícia até o acionamento do seguro

Viviane Oliveira | 09/03/2020 14:35
Delegacia começa semana lotada, em segunda-feira pós-furtos no comércio
Ladrão comendo salgado durante furto de lanchonete na Rua 13 de Maio (Foto: reprodução/vídeo)

Quase 10h de segunda-feira (dia 9). Delegacia lotada. A maioria, comerciantes vítimas de roubos e furtos, aguardava na recepção da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento) Centro, em Campo Grande, para registrar boletim de ocorrência.

Dono de uma salgaderia, na Rua 13 de Maio, próximo à Santa Casa, o chefe de cozinha César Bennett, 45 anos, que teve o comércio no ramo de alimentos furtados 4 vezes somente neste ano pelo mesmo suspeito, afirmou que não “aguenta mais” e “vai fechar as portas”.

O outro comerciante, Rudinei Lemes de Moura, 26 anos, amargava prejuízo com o furto de 16 celulares (de clientes) da sua loja localizada no cruzamento das avenidas Afonso Pena com a Calógeras, na madrugada desta segunda-feira (8). “Não sei mais o que fazer. Os lojistas não sabem mais o que fazer. Não aguentamos mais. Da outra vez foram 18 aparelhos levados pelos ladrões, que são usuários de drogas que vivem na região central”, desabafou.

Nem mesmo as câmeras de segurança impedem o ladrão de agir. Segundo César, o primeiro furto aconteceu no dia 10 de janeiro, quando foram levados notebook e dinheiro. Depois foi no dia 2 de março, seguidos pelos dias 5 e 8 do mesmo mês. O mesmo ladrão, que aparece nas câmeras de segurança com outro comparsa, também já furtou botijões de gás, fardos de refrigerantes e outros eletrodomésticos.

Delegacia começa semana lotada, em segunda-feira pós-furtos no comércio
(Movimentação de policiais na manhã desta segunda-feira na Depac Centro (Foto: Marcos Maluf)

“Enquanto não registrar boletim de ocorrência e a perícia não for lá, eu não posso abrir o meu comércio. Se eu abrir, a perícia não vai e depois não posso acionar o seguro para cobrir o prejuízo. Estou com a lanchonete fechada justamente no horário de maior movimento”, lamentou.

Além disso, segundo César, o suspeito aparece nas câmeras consumindo salgados, bolos e jogando o restante dos alimentos no lixo. “Isso é revoltante. Ele entra pelo telhado, arranca o forro e age com muita tranquilidade. Até come! lamentou. “Agora, estou aqui, mas uma vez na delegacia. Vou perder a manhã inteira aqui com a loja fechada. Estou deixando de ganhar dinheiro. Eu ganho centavos por cada salgado. Tenho que vender muito para tirar o sustento”, reclamou.

Na mesma situação, o comerciante Rudinei contou que há 1 ano alugou por R$ 3 mil um imóvel na Afonso Pena, esquina com a Calógeras para conserto e revenda de celular. Porém, já foi furtado 4 vezes nesse período. Os comerciantes até pagam um segurança para vigiar durante à noite os comércios, mas não tem jeito. “Enquanto ele está passando por um local. O ladrão está em outro. Não temos muito o que fazer para evitar os furtos. Tem lojista que dorme no comércio para não tem uma surpresa desagradável no outro dia.

Delegacia começa semana lotada, em segunda-feira pós-furtos no comércio
Loja de celulares na Avenida Afonso Pena teve a porta arrombada durante furto de 16 celulares. (Foto: Direto das Ruas)
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