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Capital

Dentista investigada por lesões em pacientes continua proibida de atender

Ela é alvo de inquérito do Ministério Público e ações de ex-pacientes

Por Kamila Alcântara | 11/07/2025 17:44
Dentista investigada por lesões em pacientes continua proibida de atender
Ex-paciente e denunciante mostra como ficaram narinas após rinoplastia feita por Iolanda (Foto: Reprodução)

Foi mantida a proibição que impede a cirurgiã-dentista Iolanda Lídia Negrão de realizar procedimentos estéticos em sua clínica, localizada em Campo Grande. A decisão foi publicada nesta sexta-feira (11) no Diário da Justiça e tramita na 5ª Vara Criminal de Competência Residual, sob responsabilidade do juiz Waldir Peixoto Barbosa.

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A cirurgiã-dentista Iolanda Lídia Negrão permanece proibida de realizar procedimentos estéticos em sua clínica em Campo Grande, conforme decisão da 5ª Vara Criminal. A medida cautelar foi mantida devido a descumprimentos das normas do Conselho Federal de Odontologia e relatos de lesões em pacientes, com pelo menos oito ações judiciais contra a profissional. Além das ações individuais, Iolanda é alvo de um inquérito civil do Ministério Público Estadual, que investiga a legalidade de seus procedimentos. Ela já foi indiciada por crimes como exercício ilegal da medicina e lesão corporal. A Resolução nº 230/2020 do CFO proíbe dentistas de realizarem cirurgias invasivas.

A defesa da profissional havia solicitado a revogação da medida cautelar que restringe parte do exercício de sua atividade, mas o pedido foi negado. Segundo o juiz, permanecem os fundamentos que justificaram a suspensão, incluindo o histórico de descumprimento das normas do Conselho Federal de Odontologia, que proíbe a realização de cirurgias invasivas por dentistas, como rinoplastia e alectomia. A decisão também aponta resistência da acusada em cumprir determinações do CRO/MS (Conselho Regional de Odontologia de Mato Grosso do Sul).

Essa medida cautelar, conforme o magistrado, visa proteger a saúde, segurança e integridade física dos pacientes, diante de relatos de sequelas e lesões apresentados por ex-clientes. Ao menos oito mulheres processam Iolanda por danos estéticos, como cicatrizes, deformações nas narinas e assimetrias faciais.

Além das ações individuais, ela é alvo de inquérito civil aberto pelo Ministério Público Estadual, que apura se os procedimentos realizados na clínica ultrapassam os limites legais da odontologia e colocam em risco a vida e a saúde dos pacientes. O MP também solicitou cópia dos registros profissionais da equipe, relação de todos os atendimentos feitos ao longo de 2024 e comprovação de estrutura para emergências médicas no local.

Dentista investigada por lesões em pacientes continua proibida de atender
Perfil profissional de Iolanda no Instagram (Foto: Reprodução)

Iolanda já foi indiciada em dois inquéritos policiais da Decon (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumidor), pelos crimes de exercício ilegal da medicina, lesão corporal e indução ao erro do consumidor. Além disso, é citada em pelo menos 12 ações cíveis movidas por ex-pacientes.

A Resolução nº 230/2020 do Conselho Federal de Odontologia proíbe cirurgiões-dentistas de realizarem procedimentos invasivos como rinoplastia, otoplastia, blefaroplastia e lifting facial. O processo corre em sigilo no âmbito do CRO/MS.

O Campo Grande News procurou os advogados citados na decisão como parte da defesa de Iolanda, mas eles informaram que vão deixar o caso.

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