Denúncias de violações contra idosos crescem 29% em MS; foram 705 em 2019
Casos de negligência e violência física são os mais recorrentes, sendo cometidos, principalmente, pelos filhos das vítimas
Pelo menos 705 denúncias de violações cometidas contra idosos foram registradas pelo Disque 100 (Disque Direitos Humanos), em Mato Grosso do Sul, no ano de 2019. Os números são do balanço anual divulgado pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.
Em todo o país, conforme estatística apresentada pelo ministério, o sistema recebeu 48.441 denúncias de violações contra idoso no ano passado, o que representa aumento de 30% em relação ao ano de 2018. Aqui no Estado, o aumento foi quase igual ao número nacional, 29%. Isso porque em 2018 foram registradas 545 denúncias.
Pelo levantamento, os casos de negligência, violência psicológica, física e abuso financeiro são os mais recorrentes, mas há casos de discriminação e violência sexual registrados. As denúncias são tipificadas com mais de um tipo de violação, ou seja, uma mesma vítima pode sofrer várias das denúncias apresentadas.
Na maior parte dos casos, há relação de parentesco entre vítima e agressor, em crimes cometidos principalmente em residências, seja da vítima ou do acusado.
Crianças e adolescentes – Ainda segundo o balanço, Mato Grosso do Sul é o estado que lidera o ranking de denúncias para o disque 100, de violações dos direitos humanos, por abusos contra crianças em adolescentes. Levantamento mostra aumento de 22% nesse tipo de denúncia, no estado, em relação a 2018.
Das 1344 denúncias de Mato Grosso do Sul, 42% eram sobre abuso sexual. A taxa de incidências das ligações a cada 100 mil habitantes é ainda maior que a média nacional. Enquanto no Brasil, em média ocorreram 41 denúncias a cada 100 mil habitantes, em Mato Grosso do Sul essa taxa é de 67 denúncias a cada 100 mil habitantes.
Pessoas com deficiência – Já em relação a violações cometidas contra pessoas com algum tipo de deficiência, as ligações para o disque 100 diminuíram aproximadamente 7,58%m enquanto no Brasil o aumento foi de cerca de 8%.
Em 2019, foram registradas 12.868 denúncias de violações de direitos contra este grupo vulnerável, conforme o Ministério. Aqui no Estado, foram 183 ligações este ano, contra 198 em 2018.