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Capital

Depois de briga na Justiça, bancários escolhem nova diretoria do sindicato

Uma das chapas foi proibida de concorrer às eleições por causa de irregularidades na administração, mas entrou com medida de segurança na justiça

Bruna Kaspary e Danielle Valentim | 12/02/2019 10:00
Apesar de bastante movimentada, votação segue tranquila na sede do sindicato dos bancários (Foto: Danielle Valentim)
Apesar de bastante movimentada, votação segue tranquila na sede do sindicato dos bancários (Foto: Danielle Valentim)

Depois de briga na Justiça, que inclusive causou o impedimento da candidatura de uma das chapas por 24 horas, os bancários começam hoje a escolher a nova mesa diretora do sindicato. As urnas foram abertas hoje (12) e, no final da tarde de amanhã começa a apuração dos votos.

A decisão da Justiça do Trabalho impediu que a chapa da atual gestão concorresse às eleições depois de denúncias de possível irregularidades na eleição anterior, onde teriam sido usados recursos do próprio sindicato para financiar a campanha. No dia seguinte, o TRT (Tribunal Regional do Trabalho) da 24ª região derrubou o veto, mantendo os concorrentes aptos para serem eleitos.

O atual presidente do SEEBCG (Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Campo Grande), Edvaldo Barros, acredita que decisão não chegou a impactar a campanha. A atual secretária geral, Neide Rodrigues, é quem está concorrendo à vaga de presidência pela chapa atual. “Nós fizemos uma campanha tranquila, e isso [a decisão da Justiça do Trabalho] não impacta em nada”, comenta Barros.

Candidato à presidência pela oposição, Clementino Pereira garante que as expectativas para a eleição são boas, e que a categoria espera por uma gestão mais transparente. “O sindicato passou quatro anos distante dos bancários, hoje nós queremos colocar ele dentro das unidades”, afirma.

O atual conselheiro fiscal do sindicato e candidato da oposição à suplência, Marcelo Vargas, comenta que a atual chapa só está concorrendo através de um mandado de segurança, que inclusive já está com agravo regimental da Justiça do Trabalho. “Caso a chapa 1 vença e seja comprovada as irregularidades, eles terão que pagar multa de R$ 100 mil por dia enquanto estiverem assumindo o cargo”, explica o candidato.

Se candidatando pela primeira vez ao cargo de presidente, Neide Rodrigues lembra que, em mais de meio século de sindicato, ela é a segunda mulher a disputar a presidência. “São 57 anos de sindicato, e as mulheres são 50% da categoria”, alerta.

A respeito dos entraves na justiça, ela concorda com o atual presidente quando diz que a campanha não foi afetada. “Fizemos uma campanha nacional e temos apoio de 90% dos sindicatos do Brasil. Todo esse apoio nacional acontece porque o nosso sindicato faz parte da mesa do Contraf [Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro]”, comenta a candidata.

A eleição acontece hoje e amanhã, das 5h às 18h, na sede do próprio sindicato. A apuração dos votos deve começar logo depois do fechamento das urnas na quarta-feira.

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