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Capital

Descoberta de zika vírus em urina e saliva gera recomendações às gestantes

Ricardo Campos Jr. | 05/02/2016 17:30
Pesquisador da Fiocruz trabalha em pesquisa sobre formas alternativas de transmitir zika vírus (Foto: divulgação/ IOC Fiocruz)
Pesquisador da Fiocruz trabalha em pesquisa sobre formas alternativas de transmitir zika vírus (Foto: divulgação/ IOC Fiocruz)

A descoberta do vírus zika ativo em saliva e urina reforça a necessidade de estudos mais aprofundados sobre a doença, conforme a Fiocruz (Fundação Osvaldo Cruz). A evidência inédita foi constatada pelos pesquisadores da entidade. Até então já era conhecida a existência dos microorganismos nessas duas substâncias, mas eles nunca haviam sido encontrados com potencial de provocar a infecção.

Conforme a assessoria do laboratório, ainda estão em andamento as análises que apontarão se a doença pode ou não ser transmitida pelo contato com urina e saliva, sem prazo para conclusão. O meio de contaminação comprovado é pelo mosquito Aedes aegypti, que também transmite dengue e chikungunya.

“Muito ainda precisa ser investigado em relação à importância de cada via de transmissão para a propagação de casos. Porém, é fundamental que a vigilância ao vetor permaneça”, diz o presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha.

Por enquanto, uma vez que ainda não se sabe se é possível pegar a doença dessa forma, foram emitidos uma série de alertas para as gestantes, que envolvem evitar aglomerações e compartilhar copos e utensílios, principalmente com pessoas que estejam com o vírus.

O presidente da Fiocruz acrescentou que “a evidência de hoje não faz com que digamos às pessoas que elas não podem ir para o carnaval. Não podemos afirmar que não existe a possibilidade de transmissão. Então, temos de ter cautela adicional".

Às vésperas do carnaval, as orientações para os demais foliões são mais brandas, já que geralmente os sintamos da Zika são considerados leves e não causam complicações de saúde. " O risco está aumentado, mas não temos de evitar o beijo como medida de saúde pública. Pelo amor de Deus, podem beijar", afirmou Gadelha.

Contribuições do instituto – Segundo a assessoria de imprensa, foram cientistas da entidade que encontraram a presença do genoma do zika vírus em amostras de líquido amniótico de duas gestantes cujos fetos tinham microcefalia detectada por ultrasson. Também comprovaram, em outra pesquisa, a transmissão interplacentária do agente.

Em janeiro de 2016, foram criados kits para detecção rápida dos três vírus transmitido pelo Aedes, em parceria com o IBMP (Instituto de Biologia Molecular do Paraná).

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