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Capital

Dono de mercado é suspeito de atropelar e matar catador

Apesar disso, imagens que mostram momento do acidente e carrinho da vítima ainda não estão com investigadores

Marta Ferreira, Geisy Garnes e Aletheya Alves | 02/09/2019 17:54
O carrinho que o catador usava estava na sede do Batalhão de Trânsito até esta tarde. (Foto: Direto das Ruas)
O carrinho que o catador usava estava na sede do Batalhão de Trânsito até esta tarde. (Foto: Direto das Ruas)

A Polícia Civil já tem o nome do suspeito de atropelar e matar um catador de material reciclável na madrugada de sábado (31), em Campo Grande, no cruzamento da Rua Barão do Rio Branco, bem em frente ao Bptran (Batalhão de Policiamento de Trânsito) da Polícia Militar. O motorista da caminhonete Hilux branca envolvida atropelou a vítima e fugiu do local. Trata-se do dono de um mercado no Bairro Monte Castelo, não muito longe de onde ocorreu o acidente.

A vítima ainda não foi identificada e por isso o corpo continua no Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal). O boletim de ocorrência, inicialmente confeccionado como lesão corporal, foi alterado e foi incluído o crime de homicídio qualificado pela omissão de socorro. A mudança ocorreu porque quando houve o registro, o catador havia sido levado com vida para a Santa Casa de Campo Grande, onde morreu.

A Polícia Civil foi procurada, mas ninguém foi localizado para dar detalhes da investigação. Não está claro, por exemplo, se o comerciante é suspeito de dirigir o veículo ou se o nome dele está no registro policial por ser o responsável oficial pela Hilux.

Imagens de câmera de segurança obtidas no sábado pelo Campo Grande News mostram o momento do atropelamento. A reportagem apurou que elas ainda não estão com a polícia. O que sobrou do carrinho usado pela vítima também não foi para a delegacia responsável pelo caso. Até ontem, estava na sede do Bptran, na Rua Barão do Rio Branco.

O acidente – O atropelamento aconteceu às 1h53 de sábado, segundo o vídeo obtido pela reportagem. O catador, empurrando o carrinho, atravessa a rua próximo da faixa de pedestre. É atingido pela caminhonete e cai na pista. O motorista sequer desacelera, e foge do local. Não é possível ver a placa do veículo na imagem. Na sequência, outro carro passa e segue o veículo atropelador.

A vítima fica no chão. O carrinho vai parar a alguns metros de distância, no meio da pista. Três minutos depois, sai um homem, à paisana, de dentro do prédio do Batalhão de Trânsito. As imagens mostram que a pessoa vai até onde está a vítima e usa o celular.

Sete minutos depois, mais pessoas saem do Bptran e sinalizam o local com cones. Pelo menos mais cinco veículos passam, e ninguém para.

Às 2h06, 13 minutos depois do atropelamento, chega a viatura do Corpo de Bombeiros. Às 2h10, viatura sai do quartel especializado em policiamento de trânsito e também fica próximo do corpo, já com sinalização.

A partir daí, o movimento de curiosos aumenta, inclusive com gente descendo de veículos. Não é possível ver o momento que a viatura deixa o local e leva o catador para a Santa Casa de Campo Grande. No hospital, ele sobreviveu pouco mais de uma hora.

Segundo o registro policial do caso, depois de atropelar o homem, o motorista da caminhonete fugiu e estacionou o carro em frente a um mercado na Rua Amazonas.

À polícia, o motorista de aplicativo que passa logo a sequencia, contou que fez o contorno na quadra para pegar o numeral exato do local onde a Hilux estava estacionada, mas quando retornou ao ponto não encontrou mais o veículo.

O caso foi registrado na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro e agora está a cargo da Primeira Delegacia de Polícia.

Veja abaixo o momento do acidente.

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