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Edifício luxuoso de 25 andares tomará lugar de doceria que fechou em 2015

Quem passa pela esquina da avenida Mato Grosso com a rua Bahia agora só vê o terreno fechado por tapumes vermelhos

Bruna Kaspary | 01/05/2018 14:24
Arquiteto mostra maquete do prédio que será construído no lugar da antiga Lalai Doces (Foto: Saul Schramm)
Arquiteto mostra maquete do prédio que será construído no lugar da antiga Lalai Doces (Foto: Saul Schramm)

Depois de dois anos anos fechado, o prédio da antiga Lalai Doces, tradicional doceria de Campo Grande, foi demolido e agora, quem passa pelo cruzamento da rua Bahia com avenida Mato Grosso, vê apenas o tapume vermelho fechando o terreno onde será construído um prédio residencial. A limpeza do terreno começou há aproximadamente seis meses e intrigou quem mora ou trabalha nas proximidades da antiga lanchonete, que movimentava a esquina no auge de seu funcionamento.

A equipe do Campo Grande News foi até o local para saber se quem presenciou a queda da estrutura saberia o que estava sendo planejado para o local.

Terreno onde funcionava Lalai Doces está limpo e fechado por tapumes (Foto: Saul Schramm)
Terreno onde funcionava Lalai Doces está limpo e fechado por tapumes (Foto: Saul Schramm)

A cabeleireira Vera Lúcia Neves, de 57 anos, traz na lembrança momentos inesquecíveis da doceria, e lembra que, desde que o fundador faleceu, o local nunca mais foi o mesmo. "Os filhos não quiseram continuar com o negócio, então venderam a doceria", comenta.

Ela afirma que não tem nem ideia do que surgirá no terreno onde funcionava a Lalai, diferente da atendente Nadiele Lopes, de 30 anos, que trabalha em uma agência de viagens vizinha à antiga doceria. "Os pedreiros disseram que a dona da Anita Calçados é a proprietária do terreno, e que ela fez uma parceria com uma construtora para construírem um prédio residencial".

Assim como ela, Carlos José, atendente de uma farmácia na mesma esquina, ficou sabendo dessa história. "Na parte de baixo parece que vai ter um comércio, mas a gente ainda não sabe o que é", completa.

 

Maquete da parte debaixo do prédio, onde ficarão as salas comerciais (Foto: Saul Schramm)
Maquete da parte debaixo do prédio, onde ficarão as salas comerciais (Foto: Saul Schramm)

Desvendando o mistério - A Consbase Construtora é a responsável pelo projeto do prédio que tomará o lugar a tradicional doceria. O edifício terá 25 andares e contará com três salas comerciais, explica o arquiteto Volberto Antônio Miglivacca, sócio proprietário da empreiteira.

A Icon Tower, como já foi batizada a torre, já tem aprovação da Prefeitura de Campo Grande para ser erguida, mas as obras estão prevista para começar no início do ano que vem. "Nós fomos contatados pelos proprietários do terreno há uns seis ou oito meses. O prédio vai ter 44 apartamentos, dois por andar, mais uma cobertura", explica o arquiteto.

Os apartamentos serão de alto nível, com mais 140 metros quadrados mais a área comum do condomínio, duas vagas na garagem e uma varanda gourmet. O empreendimento está orçamento em R$ 35 milhões.

Para construir o prédio, a empresa irá contar com investidores, que comprarão cotas e farão aplicações. "É como se eu abrisse uma pequena bolsa de valores", explica Volberto.

Esse será o terceiro prédio mais alto da cidade, perdendo apenas para outros dois, da mesma construtora, que têm pouco mais de 30 andares. Esses foram construídos próximo ao Shopping Campo Grande.

Sobre os donos do terreno, Volberto informou apenas que eles querem ter a identidade preservada.

Lalai - A doces fechou as portas no início de 2015, passando a funcionar apenas no Shopping Campo Grande, conforme noticiou o Campo Grande News em 15 de fevereiro daquele ano.

À época, o dono, José Ítalo Nasser, um dos filhos da doceira que em 1972 abriu a primeira confeitaria na Galeria Itamaraty e já funcionou até na antiga rodoviária, nos tempos em que era “chique” atender ali, disse que retomaria o negócio nos próximos meses, mas na rua Amazonas, no bairro São Francisco.

Fachada da Lalai, já fechada, na rua Bahia. (Foto: Marcelo Calazans/Arquivo)
Fachada da Lalai, já fechada, na rua Bahia. (Foto: Marcelo Calazans/Arquivo)
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