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Capital

Em Campo Grande, moradores de 4 bairros já sofrem com falta d'água

A concessionária havia emitido alerta sobre o problema decorrente da estiagem e consequente diminuição do volume dos reservatórios

Maressa Mendonça e Aletheya Alves | 10/09/2019 16:18
Nas torneiras, o fluxo de água já não é mais o mesmo porque volume dos reservatórios está baixo em decorrência da estiagem (Foto: Aletheya Alves)
Nas torneiras, o fluxo de água já não é mais o mesmo porque volume dos reservatórios está baixo em decorrência da estiagem (Foto: Aletheya Alves)

Moradores de ao menos quatro bairros de Campo Grande já estão sofrendo com a falta d’água na tarde desta terça-feira (10), mas o racionamento pode chegar a 40 nesta quarta-feira. As reclamações vieram do Tijuca, Caiçara, Jardim Leblon e Taveirópolis. No início da manhã, a concessionária responsável pelo abastecimento, a Águas Guariroba, já havia informado sobre esta possibilidade e alertado sobre a necessidade de economizar. O motivo é a falta de chuvas e consequente diminuição do volume dos reservatórios.

No Jardim Tijuca, o comerciante Eli Márcio de Souza, de 61 anos, ainda não tinha conhecimento sobre esse “pedido” da empresa de racionar água mesmo assim havia percebido a diminuição do fluxo que sai pela torneira. “Sorte que tenho caixa d’água e consigo ficar um tempo sem a água da rua”, disse. Ele não lembra de ter passado por outro racionamento semelhante em decorrência do tempo seco.

O problema também mudou a rotina na Escola Municipal Nagen Jorge Saad, no Tijuca. "Levei meu filho lá e não tinha água. Acho que deveriam tomar providência logo. Está muito calor e as crianças não entendem", relatou uma mãe que pediu para não ser identificada. Segundo ela, "a diretoria tinha chamado caminhão pipa para ajudar."

Armindo Moreira, do bairro Caiçara, com o restou da água gelada para o tereré.
Armindo Moreira, do bairro Caiçara, com o restou da água gelada para o tereré.

O aposentado Adonis Alves, de 69 anos, morador do Jardim Leblon disse ter ficado completamente sem água no período da manhã. Segundo ele, o serviço voltou ao normal no decorrer do dia. “Outras coisas a gente consegue ficar sem, mas sem água não dá, né? É diferente”. Para o aposentado, a situação é ainda pior para quem não está em casa e precisa enfrentar o calor.

Com o que restou da água gelada do tereré nas mãos, Armindo Moreira, de 60 anos, disse nunca tinha enfrentado esse tipo de problema em decorrência do tempo seco. Ele mora no bairro Caiçara há 50 anos e o racionamento dos últimos preocupou. “O medo é ficar completamente sem água”.

Proprietário de uma lanchonete no Taveirópolis, Joscerlei Flores, de 39 anos, falou que ontem à noite foi fazer limpeza e quando percebeu não tinha água. Na manhã desta terça-feira (10) a situação ainda não havia sido completamente regularizada. “Preciso lavar os pratos, não dá para os clientes usarem o banheiro”, lamentou ele, afirmando não ser possível trabalhar desse jeito.

Em nota, a concessionária informou que os 104 reservatórios de água em Campo Grande, abastecidos principalmente pelo córrego Guariroba, estão “com volume”. Mesmo assim, a empresa “pede o apoio da população no consumo consciente de água durante o período de estiagem, utilizando as reservas das caixas d’água principalmente para atividades essenciais”.

A Secretaria Municipal de Educação informou que, no caso da escola Nagen Jorge Saad, a concessionária enviou um caminhão pipa para a unidade e não houve liberação de alunos.

Outras fontes de água - Os níveis dos reservatórios da cidade estão sendo monitorados pelos técnicos do Centro de Controle Operacional da concessionária e o sistema de contingenciamento já foi acionado.

A empresa não descarta o uso de caminhões pipa, que podem ser pedidos pela população se faltar água. A Águas disponibiliza os canais 0800 642 011, 115 ou pelo WhatsApp 9 9123-0008. (Colaborou Izabela Sanchez)

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