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Capital

Em carta escrita à mão, assassina de idosa nega ameaças em presídio

Pâmela Ortiz ainda pediu que o processo seja mantido em sigilo. "Recado" foi enviado ao juiz da 1ª Vara do Tribunal do Júri

Geisy Garnes | 09/03/2019 07:26
Pâmela está presa desde o dia 25 de fevereiro (Foto: Reprodução Facebook)
Pâmela está presa desde o dia 25 de fevereiro (Foto: Reprodução Facebook)

Em uma carta escrita à mão, Pâmela Ortiz de Carvalho, de 36 anos – assassina confessa da idosa Dirce Santoro Guimarães Lima, de 79 anos – negou as ameaças dentro do Estabelecimento Penal "Irmã Irma Zorzi" e afirmou estar “abalada psicologicamente” com o crime.

O documento foi enviado nesta quinta-feira (7) ao juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, da 1ª Vara do Tribunal do Júri, em resposta ao oficio que pediu o posicionamento da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) em relação às supostas ameaças sofridas por Pâmela na unidade.

A medida foi tomada depois que a defesa da mulher pediu a transferência dela da unidade, alegando que Pâmela corria perigo no local. A Agepen, no entanto, afirmou que a interna não foi ameaçada do presídio e sim no período que esteve na delegacia, antes de ser transferida.

Por escrito a interna confirmou a situação, alegou que foi “mal interpretada” e que as ameaças aconteceram na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário). Ela detalhou ainda que está em uma cela com “três senhoras” em um alojamento localizado fora do pavilhão “com toda a segurança”.

“Afirmo que até agora nenhum maus tratos foram feitos ao meu respeito. Confesso que estou abalada psicologicamente devido os ocorridos, mais estou tentando me manter sam [sic]”, escreveu. Pâmela ainda reforçou o pedido da defesa para deixar o processo sobre a morte de Dirce em sigilo.

“Pesso que o senhor juiz de direito mantenha meu prosseço sobre segredo de justiça [sic]”.

Pâmela está presa desde o dia 25 de fevereiro e teve o pedido de liberdade negado pelo juiz.

O crime - Pâmela só admitiu ter assassinado a idosa ao ser informada pela polícia que câmeras de segurança haviam flagrado o momento em que ela saiu com Dirce no sábado (23), dia do desparecimento no Bairro Santo Antônio.

Antes de saber das imagens, ela havia negado até mesmo ter encontrado a vítima. Ainda conforme a investigação, as duas saíram juntas para tentar resolver os débitos que a mulher teria feito nos cartões de crédito da vítima. Elas se desentenderam, Pâmela agrediu Dirce até a morte e abandonou o corpo.

Em depoimento à polícia, Pâmela alegou que durante uma discussão, a idosa ameaçou denunciá-la pelas compras feitas usando indevidamente o seu nome. Ela disse ainda que a aposentada tentou sair do carro em movimento e caiu, batendo a cabeça no meio-fio. Desesperada e temendo ser descoberta, a mulher conta que pegou a cabeça da vítima e esmagou contra a guia. Além de prestar serviço como motorista de idosos, Pâmela se apresentava como policial.

Em carta escrita à mão, assassina de idosa nega ameaças em presídio
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