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Capital

Mulher matou idosa por maldade, destaca promotora em denúncia

Na denúncia, apresentada à Justiça na sexta-feira (1º), a promotora Lívia Carla Guadanhim Bariani pede a condenação da assassina confessa por homicídio qualificado por motivo fútil e meio cruel

Anahi Zurutuza | 05/03/2019 09:19
Em vídeo postado em rede social, Pâmela faz relato indignado (Foto: Reprodução)
Em vídeo postado em rede social, Pâmela faz relato indignado (Foto: Reprodução)

Para a acusação, Pâmela Ortiz de Carvalho, a mulher de 36 anos que matou Dirce Santoro Guimarães, de 79 anos, agiu de forma desarrazoada e por maldade. Na denúncia, apresentada à Justiça na sexta-feira (1º), a promotora Lívia Carla Guadanhim Bariani pede a condenação da assassina confessa por homicídio qualificado por motivo fútil e meio cruel.

Pâmela trabalhava como motorista particular de Dirce e segundo ela mesma confessou, matou a aposentada depois de discussão porque a idosa havia descoberto dívidas que ela fez no cartão da vítima. Dona Dirce, como era conhecida no Bairro Santo Antônio, foi morta nos fundos de uma fábrica no Bairro Indubrasil.

“Ressalta-se que o crime foi cometido por motivo fútil, já que a denunciada ceifou a vida da vítima em razão de uma dívida referente ao abastecimento de gasolina do automóvel e compra de tintas de pintura, realizadas pela autora no cartão da vítima, sem que esta a tenha autorizado, o que denota conduta desarrazoada e excessiva. Assim, evidente a avantajada desproporção entre a motivação e o crime praticado, demonstrando extrema insensibilidade moral da autora em relação à vítima”, defendeu a promotora na denúncia.

A acusação também destaca a forma como a idosa foi assassinada. Pâmela bateu a cabeça dela contra um meio-fio de maneira a deixar a aposentada completamente desfigurada, registraram os investigadores que encontraram o corpo.

“Empregou meio cruel na conduta, dado que, agindo com maldade, bateu por diversas vezes a cabeça da vítima, uma senhora idosa, contra o meio fio da calçada. Assim, resta evidente que a denunciada agiu de modo a causar sofrimento desnecessário à vítima, prolongando sua dor”, argumenta Lívia Carla.

Além da acusação de homicídio, Pâmela também foi denunciada pela ocultação do cadáver. Ela escondeu o corpo próximo ao local do assassinato em meio a um monte de lixo.

Câmera de segurança flagrou momento que suspeita buscava idosa em casa, no sábado pela manhã (Foto: Reprodução)
Câmera de segurança flagrou momento que suspeita buscava idosa em casa, no sábado pela manhã (Foto: Reprodução)

Presa – A assassina está presa desde o dia 25 de fevereiro, tentou a liberdade provisória alegando ser mãe de quatro filhos e estar sendo ameaçada na prisão, mas teve o pedido negado na sexta-feira (1º).

Quanto às ameaças o juiz Carlos Alberto Garcete pediu que a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) relate a real situação de Pâmela na prisão e a relação com as outras internas, para que a partir do relatório possa dar um novo parecer sobre o caso.

O crime e a confissão – A vítima desapareceu num sábado, dia 23 de fevereiro, e todo o enredo foi descoberto na segunda-feira (25) quando vizinhas da idosa foram à 7ª DP (Delegacia de Polícia) para registrar o sumiço. Na tentativa de despistar qualquer suspeita, a assassina confessa também esteve na delegacia.

Segundo a delegada Christiane Grossi, responsável pela investigação, Pâmela só admitiu ter assassinado a idosa ao ser informada pela polícia que câmeras de segurança haviam flagrado o momento em que ela saiu com Dirce naquele sábado. Antes de saber das imagens, ela havia negado até mesmo ter encontrado a vítima.

Pâmela alegou para a polícia que durante uma discussão, a idosa ameaçou denunciá-la pelas compras usando indevidamente o nome de Dirce. Ela disse ainda que a aposentada tentou sair do carro em movimento e caiu, batendo a cabeça no meio-fio. Desesperada e temendo ser descoberta, a mulher conta que pegou a cabeça da vítima e esmagou contra a guia.

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