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Capital

Em cidade praticamente vazia, vendedores já falam em 80% de queda no movimento

Menos de uma semana após as primeiras confirmações de casos em Mato Grosso do Sul e já ocorreu o esvaziamento do centro

Maressa Mendonça e Lucas Mamédio | 19/03/2020 13:34


Em cidade praticamente vazia, vendedores já falam em 80% de queda no movimento
Vendedor de chocolates Antônio Pereira (Foto: Marcos Maluf)


Poucos dias após a confirmação dos primeiros casos de coronavírus em Mato Grosso do Sul e o centro de Campo Grande está vazio. Lojistas que escolheram manter as portas percebem o esvaziamento dos estabelecimentos. Situação ainda pior é dos autônomos que insistem em expor os produtos ou serviços mesmo que a clientela tenha “fugido”.

Motorista de aplicativo, Fábio Souza disse ter ficado parado por mais de 30 minutos para conseguir uma corrida do centro até o bairro. Segundo ele, em dias “normais”, ou seja, antes da epidemia do coronavírus, o tempo de acionamento era de no máximo 5 minutos.

Em cidade praticamente vazia, vendedores já falam em 80% de queda no movimento
Movimento fraco no centro de Campo Grande (Foto: Marcos Maluf)


Relato semelhante faz Alberto Silva Ramos, um missionário que trabalha com outros fiéis comercializando livros religiosos no centro. Ele vendia, em média, 20 livros por dia e hoje vendeu apenas cinco. “A abordagem está muito difícil. As pessoas não parar para falar. Não querem chegar perto”, diz.

Essa distância entre clientes e vendedores tem sido percebida em uma banca de capas de celulares localizada na rua 13 de maio. Segundo Israel Júnior, "a queda na movimentação é de até 80%".

O vendedor Antônio Pereira Afonso comercializa chocolates. Normalmente, ele vendia 100 unidades diariamente. Agora as vendas não ultrapassam 50 unidades. “Está muito fraco”, lamenta.

Em cidade praticamente vazia, vendedores já falam em 80% de queda no movimento
Segundo Israel Júnior, "a queda na movimentação é de até 80%" em loja de capinhas.

Os ônibus que normalmente ficavam lotados no horário de pico agora estão vazios e as ruas cada vez mais desertas.

Proprietária de salão de beleza no centro, Reni Garcia também está preocupada com esse esvaziamento e não só por ela, mas pelas manicures comissionadas. Ela conta que recebia até 40 clientes por dia antes mesmo das 10h. Neste mesmo período hoje, passou apenas um cliente.

 “Tenho medo não por mim, mas pelas funcionárias. a maioria delas é mãe de família e ajuda sustentar. Mas também tenho meus receios. Tenho aluguel. Pago conta de água, luz e as notícias mostram que só está começando”, finaliza.

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