Em dia de combate ao câncer que mais mata mulheres, veja onde fazer mamografia
Segundo o Inca, MS registrou 204 óbitos por câncer de mama em 2024; diagnóstico precoce ajuda a evitar mortes

Neste domingo (19), Dia Mundial de Combate ao Câncer de Mama, a data reforça a importância da prevenção e do diagnóstico precoce da doença, que segue como o tipo de câncer mais incidente entre as mulheres em Mato Grosso do Sul e em todo o Brasil.
RESUMO
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O câncer de mama continua sendo o tipo mais incidente entre mulheres em Mato Grosso do Sul, com estimativa de 910 novos casos anuais no triênio 2023-2025. Em 2024, foram registradas 204 mortes pela doença no estado, que conta atualmente com 50 serviços de mamografia ativos. Em Campo Grande, diversas iniciativas gratuitas estão disponíveis, incluindo a carreta do programa Agora Tem Especialistas no Hospital do Amor e o Hospital Alfredo Abrão, que oferece 80 mamografias diárias. A cidade também se tornou pioneira ao disponibilizar o exame de mamotomia pelo SUS através da Casa Rosa, que já realizou mais de 12 mil atendimentos desde 2021.
De acordo com o Inca (Instituto Nacional de Câncer), apenas em 2024 foram registradas 204 mortes por câncer de mama no Estado. A estimativa é que Mato Grosso do Sul registre, a cada ano do triênio 2023-2025, cerca de 910 novos casos , enquanto o Brasil soma aproximadamente 73 mil diagnósticos anuais.
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Segundo a SES (Secretaria de Estado de Saúde), o câncer de mama é também a principal causa de morte por câncer entre as mulheres sul-mato-grossenses. Nas próximas semanas, a secretaria deve divulgar o novo Boletim Epidemiológico com dados atualizados sobre a doença em todas as regiões do Estado.
Atualmente, Mato Grosso do Sul conta com 50 serviços de mamografia ativos e outros quatro paralisados. A fiscal da Vigilância Sanitária, Glauce Guimarães, destaca a importância de as pacientes verificarem a regularização do local onde farão o exame.
“Recomendamos que a usuária verifique se a unidade possui licença sanitária vigente. Esse cuidado simples pode garantir um diagnóstico mais preciso e confiável”, orienta.
Em Campo Grande, o mês de outubro intensifica a oferta de exames gratuitos. A carreta do programa Agora Tem Especialistas, do Ministério da Saúde, permanece durante todo o mês no Hospital do Amor, localizado no bairro Aero Rancho, realizando em média 60 exames diários entre mamografias e preventivos. O agendamento é feito pelas UBSs (Unidades Básicas de Saúde), e os atendimentos seguem conforme a agenda de cada unidade.
O Hospital de Câncer Alfredo Abrão também promove a campanha Outubro Rosa 2025, com a oferta de 80 mamografias diárias gratuitas com um mamógrafo 3D para atendimentos pelo SUS. O exame é voltado a mulheres entre 40 e 65 anos, e os resultados são entregues em até 15 dias.
Ao longo de outubro, o projeto Casa Rosa, referência nacional no diagnóstico e tratamento do câncer de mama, também promoverá ações em unidades de saúde da cidade. No dia 23, das 13h às 17h, a atividade será na UBS Universitário, localizada na Rua Marquês de Olinda, s/n, no bairro Universitário. No dia 25, das 7h30 às 13h, acontecerá o Mutirão Todos em Ação no Distrito de Anhanduí, na Escola Municipal Professor Isauro Bento Nogueira, localizada na Rua Mairiporã, 986, Distrito de Anhanduí.
No dia 29, das 13h às 17h, a ação será na UBS Zé Pereira, na Avenida Engenheiro Amélio Carvalho Bais, s/n, Jardim Zé Pereira. Já no dia 30, no mesmo horário, a atividade será na USF Vila Nasser, na Rua Antônio de Morães Ribeiro, 939, Vila Nasser.
Mamotomia - Outro avanço em Campo Grande é a oferta do exame de mamotomia pelo SUS, disponibilizado pela Casa Rosa, referência estadual no atendimento à saúde da mulher. O procedimento é moderno, preciso e minimamente invasivo, permitindo biópsias com auxílio de imagem e cicatriz quase imperceptível.
Com a nova tecnologia, Campo Grande se torna a primeira cidade de Mato Grosso do Sul a oferecer a mamotomia gratuitamente. Desde sua criação, em 2021, a Casa Rosa já realizou mais de 12 mil atendimentos, diagnosticou 230 casos de câncer de mama e zerou as filas de consultas, punções e biópsias de mama pelo sistema público. De fevereiro a outubro deste ano, foram 56 diagnósticos de câncer de mama feitos e encaminhados para tratamento.
“A instituição já transformou a realidade de milhares de mulheres. Agora, sermos pioneiros na mamotomia pelo SUS significa salvar ainda mais vidas em Campo Grande e em todo o Estado”, afirma o vereador e mastologista Dr. Victor Rocha, voluntário da Casa Rosa.
A mamotomia, considerada o padrão-ouro para o diagnóstico precoce do câncer de mama, representa um avanço na capacidade do SUS de oferecer um atendimento mais humanizado e tecnológico, fator essencial para aumentar as chances de cura e reduzir o número de mortes por uma doença que ainda pode ser evitada com prevenção e acesso rápido ao tratamento.
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