ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
DEZEMBRO, DOMINGO  10    CAMPO GRANDE 21º

Capital

Em júri, acusado de atear fogo em barraco e matar desafeto queimado nega crime

Segundo a denúncia, réu agiu por acreditar que vítima havia furtado drogas

Dayene Paz | 07/10/2022 09:56
Lucas sentado, de branco, à esquerda, enquanto juiz fazia perguntas sobre a acusação. (Foto: Dayene Paz)
Lucas sentado, de branco, à esquerda, enquanto juiz fazia perguntas sobre a acusação. (Foto: Dayene Paz)

Lucas Luan Marques da Silva, de 26 anos, conhecido como "Luquinha", senta no banco dos réus, nesta sexta-feira (7), pela morte de Douglas Moreira Dantas, de 18 anos, ocorrida em fevereiro de 2017, no Bairro Paulo Coelho Machado, em Campo Grande. Douglas teve o barraco de lona incendiado e morreu após ter 80% do corpo queimado.

Aos jurados e para o juiz Aluizio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri da comarca de Campo Grande, Lucas Luan - que se encontra preso atualmente - negou o crime. Afirmou que chegou a ir na região para fumar maconha algumas vezes. "Foi umas três vezes, aí parei de ir", negando que tenha ateado fogo no barraco de Douglas.

Contudo, na denúncia de homicídio qualificado, o Ministério Público cita que há materialidade e autoria suficientes que o incriminam. Segundo o MP, Lucas praticou o crime por motivo torpe "em razão de acreditar que Douglas havia lhe furtado drogas". Ele teria ateado fogo no barraco enquanto a vítima estava dormindo. "(...) qualifica novamente o delito, uma vez que caracterizada a utilização recurso a dificultar a defesa do ofendido".

O caso - No dia 3 de fevereiro de 2017, populares relataram que encontraram Douglas em uma das ruas perto do condomínio Homex, local de invasão de área, após ter o barraco de lona incendiado.

Douglas foi socorrido por populares e encaminhado a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do bairro Universitário, mas acabou transferido para a Santa Casa, devido a gravidade dos ferimentos. No hospital, ele não resistiu e morreu.

A irmã da vítima relatou aos policiais que Douglas era usuário de drogas, sendo que já tinha passagem criminal por furto e tráfico.

Nos siga no Google Notícias