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Capital

Em romaria, 20 mil vão às ruas em homenagem à padroeira do Brasil

Mariana Lopes | 12/10/2012 12:31
Cerca de 20 mil devotos lotaram ruas da região sul de Campo Grande (Foto: Rodrigo Pazinato)
Cerca de 20 mil devotos lotaram ruas da região sul de Campo Grande (Foto: Rodrigo Pazinato)

“Em procissão, em romaria. Romeiro ruma para a casa de Maria. Em procissão, feliz da vida. Romeiro vai buscar a paz de Aparecida”. E assim, o cântico entoado por cerca de 20 mil devotos ecoou, na manhã de hoje, pela região sul de Campo Grande, na procissão que reuniu católicos de 29 comunidades palotinas em homenagem a Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil.

Por volta das 9h, os romeiros se encontraram em frente à Anhanguera/Uniderp, na avenida Gury Marques, e seguiram, unidos pela fé, até a Casa de Formação São Vicente Pallotti, onde foi celebrada a missa em intenção ao Dia de Nossa Senhora Aparecida.

Apesar do mormaço, o tempo nublado colaborou com os fiéis. Em meio à multidão, jovens, crianças, idosos, seguiam firmes, fortes e alegres, com camisetas e bandeirolas estampadas com a imagem da padroeira dos brasileiros.

Quem não conseguiu ir à pé, improvisou e acompanhou a procissão de carro, bicicleta ou moto. O aposentado Basílio Silva, de 51 anos, por exemplo, acordou atrasado hoje e o jeito foi pegar a bicicleta e correr para encontrar a romaria.

“Não importa o jeito, o que não poderia acontecer é eu perder a procissão e deixar de prestar a minha homenagem e agradecimento a Nossa Senhora”, diz o devoto, que há 10 anos participa da romaria das comunidades palotinas.

Iolanda agradecia Nossa Senhora Aaparecida por ter intercedido a Jesus pela família dela(Foto: Rodrigo Pazinato)
Iolanda agradecia Nossa Senhora Aaparecida por ter intercedido a Jesus pela família dela(Foto: Rodrigo Pazinato)

Conforme a procissão seguia pelas quadras, os cantos marianos silenciavam e, em coro, os devotos caminhavam rezando a oração Ave-Maria. “São rosas que entregamos a Nossa Senhora”, grito no microfone um dos padres que conduzia a romaria em cima do trio-elétrico.

Nas mãos, ela segura um terço e uma rosa. “É para Nossa Senhora, vou colocar nos pés da imagem, como forma de agradecer por a mãe ter intercedido pela minha família, que hoje não sofre mais com vícios de bebido a cigarro”, conta Iolanda, reforçando que sempre recorre a intercessão de Maria. “Mãe de Jesus e de todos nós”, enfatiza.

“Eu vim de carro, eu vim de trem, eu vim a pé, eu vim de perto, eu vim de longe, eu vim sereno, eu vim com fé”. O hino cantado em homenagem a Nossa Senhora Aparecida retrata bem a realidade de muitos devotos, que trazem no coração um testemunho de graça e amor com Maria, sob o título de Aparecida do Brasil.

Pagando promessa, Josefina agradece pela cura da leucemia, que conseguiu através da intercessão de Nossa Senhora, sob o título de Aparecida do Brasil  (Foto: Rodrigo Pazinato)
Pagando promessa, Josefina agradece pela cura da leucemia, que conseguiu através da intercessão de Nossa Senhora, sob o título de Aparecida do Brasil (Foto: Rodrigo Pazinato)

A diarista Josefina Cordelho, 51 anos, acompanhou a procissão com os pés descalços e uma imagem de Nossa Senhora Aparecida nos braços. “Vim agradecer pela minha cura, eu tinha leucemia e, através da intercessão de Nossa Senhora, hoje não tenho mais nada”, relata.

Para ela, hoje o dia não foi de pedir, mas só de agradecer e proclamar a fé. “Ela é mãe, pede por nós a Jesus. Se acreditamos, o milagre acontece”, testemunha Josefina, com o brilho nos olhos e um sorriso sereno por ter a graça alcançada.

Após a procissão e com os devotos acomodados na Casa de Formação São Vicente Pallotti, a missa começou por volta das 10h, depois da entrada das imagens dos santos de todas as comunidades participantes. A última imagem que entrou foi a de Nossa Senhora Aparecida, que foi recebida com as palmas calorosas dos católicos.

Assim que o andor foi colocado em cima de mesa, dona Iolanda já estava lá, de prontidão, para entregar a rosa que levou à padroeira. Ela se ajoelhou e ergueu as mãos para o céu, agradecendo pela saúde de sua família. A rosa ficou nos pés da imagem, em um gesto simbólico de amor, mas o que Iolanda queria mesmo, é que voz dela chegasse ao céu, nos ouvidos de Nossa Senhora.

A missa foi presidida pelo padre Edgar Ertal, vice-provincial dos padres palotinos, que veio de Santa Rita, no Rio Grande do Sul, para participar da festa da padroeira em Campo Grande. Após a celebração, a programação segue até a tarde com almoço e sorteio de prêmios.

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