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Capital

Empresa alega que alta no preço inviabilizou entrega de máscaras a Prefeitura

Pedido de desistência motivou o cancelamento da compra e abertura de procedimento administrativo da Sesau junto ao MP

Rosana Siqueira e Aline Santos | 14/05/2020 13:57
Campo Grande News - Conteúdo de Verdade

 A indisponibilidade no mercado de máscaras cirúrgicas e aumento de preço, que chegou a 10 vezes o valor inicial do produto, levou a empresa Pacotão Comércio e Produtos de Higiene e Limpeza – Eireli, de Aquidauana, a desistir de entregar os itens para a Prefeitura de Campo Grande. O pedido de desistência motivou o cancelamento da compra e abertura de procedimento administrativo pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), além do envio de óficio ao Ministério Público Estadual (MPE) solicitando providências.

De acordo com o administrador da Pacotão, Gilmar Lopes Pereira Marçal, a empresa foi uma das cinco que manifestaram interesse em participar do fornecimento de máscaras. Ela foi selecionada por apresentar a proposta mais vantajosa, considerando o binômio menor preço e qualidade. Ao todo foram realizadas 33 solicitações de cotação. O valor acordado ficou em R$ 2,5 milhões.

A cotação abrangeu dois processos de dispensa, tendo sido consultadas as empresas locais, de outras localidades, indústrias e representantes.

O administrador da empresa alegou que enviou documento à Secretaria Municipal de Saúde (SESAU), justificando que quando realizada a cotação de preços do produto, a indústria fornecedora podia entregar os itens a um preço que permitia margem de lucro considerado razoável. Porém,  após o recebimento do empenho, e ao entrar em contato com o representante da fornecedora, houve a informação de que as vendas do produto estariam suspensas.

Marçal alega que, mesmo com a resposta negativa, procurou outros fornecedores, porém os preços praticados eram superiores, chegando a R$ t140 pela caixa com 50 máscaras, sendo que a cotação anterior era de R$ 89. “Isso inviabilizou a operação, porque os preços estavam até 10 vezes mais caros”, lembrando que a dscrepância ocorreu por conta da falta de matéria prima para produção e altos preços praticados no exterior impulsionados pelo período de crise e escassez de insumos específicos utilizados no combate e prevenção ao Covid-19.

O administrador alega ainda que o fato da empresa desistir do processo não coloca a idoneidade da mesma em questionamento, considerando que todos requisitos legais foram devidamente cumpridos pela Pacotão durante o trâmite do mesmo. “A Prefeitura tem todo direito de buscar solução na Justiça. Ela vai ver os direitos dela e nós veremos os nossos. Não temos nada para esconder”, finalizou.

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