Empresário que levou 6 tiros foi acusado de ameaça depois de atentado à esposa

Tentativa de homicídio que teve como alvo o empresário Carlos Eduardo Leigues Gomes, de 29 anos, não foi o primeiro episódio do tipo na família. Há dois meses, a mulher com quem ele é casado, identificada como Sanara Martins, foi vítima de atentado e, por pouco, também não terminou baleada por bandidos. Na Justiça, Carlos coleciona passagens criminais, inclusive, por ameaçar uma cabeleireira que segundo ele, teria envolvimento no crime contra a esposa.

Em documentos anexados a um processo, Sanara conta a uma amiga que, na manhã do dia 16 de outubro deste ano, foi abordada por suspeito que estava em uma moto, semelhante ao episódio com o marido. Na ocasião, o criminoso tentou roubar o carro usado por ela e ainda disparou duas vezes.

“Tentaram roubar o carro quando eu estava saindo de casa. Não me acertou”, explicou a vítima, quando já estava na delegacia denunciando o caso à polícia. Apesar disso, não há registro de que Sanara tenha ficado ferida ou que o carro tenha sido levado.

Cinco dias depois do atentado, uma cabeleireira, até então amiga do casal, procurou a delegacia para denunciar que vinha sendo ameaçada por Carlos. À polícia, a mulher de 23 anos contou que vinha sendo intimidada pelo rapaz, que a acusava de ter sido a responsável pela tentativa de roubo e pelos disparos.

De acordo com ela, por ligação, o empresário afirmou que “já sabia de tudo” e que viu a cabeleireira na cena do crime em imagens de câmeras de segurança. Para intimidar, ele teria dito que a “mataria de qualquer jeito” e nada aconteceria por ele subornar policiais.

Depois disso, a mulher afirma que fotos dela foram postadas em sites de prostituição sem autorização e que a casa onde mora foi vigiada por criminosos que, inclusive, tentaram invadir a residência.

Agora, a Polícia Civil investiga se o crime desta sexta-feira (17) e o atentado contra Sanara têm ligação ou estão relacionados com o passado do rapaz.

Na polícia, Carlos Eduardo coleciona passagens desde 2015, pelos crimes de violência doméstica e tráfico de drogas. Pelo último crime, ele foi condenado à pena de onze anos de prisão, inicialmente, em regime fechado, depois de ser flagrado com mais de 13 tijolos de maconha, somando 13,3 kg da droga. Ele recorreu e a pena foi reduzida para seis anos em regime semiaberto.

Em maio, o STF (Supremo Tribunal Federal) negou novo recurso feito pela defesa para que o empresário fosse liberado também do regime semiaberto.