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Capital

Envolvido em morte de rapaz que teve corpo queimado é condenado, mas fica solto

Casal foi condenado pelo crime em setembro e Flávio da Silva Siqueira teve o julgamento remarcado

Por Ana Paula Chuva | 01/12/2023 14:13
Funerária fazendo a retirada do corpo de Ricardo do terreno onde foi encontrado (Foto: Marcos Maluf | Arquivo)
Funerária fazendo a retirada do corpo de Ricardo do terreno onde foi encontrado (Foto: Marcos Maluf | Arquivo)

Três anos após a morte de Ricardo Ventura Barbosa, o terceiro envolvido no crime, Flávio da Silva Siqueira, sentou no banco dos réus e acabou condenado a 2 anos e três meses de prisão por ocultação de cadáver. O caso aconteceu no dia 30 de julho de 2020 e o Carina Barbosa dos Santos e Rafael de Almeida Freitas foram condenados pelo assassinato em setembro deste ano.

O crime aconteceu na Rua Michel Calarge, Bairro Jardim Colibri, em Campo Grande. Ricardo foi morto a golpes de faca e depois teve o corpo queimado e enterrado, sendo encontrado no dia 10 de agosto daquele ano. A vítima fazia entrega de drogas a mando de Carina e Rafael, segundo denúncia do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul).

Ainda de acordo com o órgão, o casal controlava o tráfico na região e era conhecido “pela violência e crueldade com aqueles que não quitavam suas dívidas”. Já Flávio atuava como segurança na boca de fumo. Os três são integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital).

Ricardo teria recebido a missão de entregar uma quantidade de cocaína, mas sumiu com a droga e uma motocicleta que pertencia ao casal. Rafael matou a vítima com diversas facadas e Carina deu tiros no peito do rapaz assim que ele morreu. Já Flávio, segundo a investigação da DHPP (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídios), foi quem ateou fogo no corpo e depois enterrou.

Em setembro deste ano, o casal passou por julgamento, na ocasião Carina foi sentenciada a 21 anos de prisão e Rafael a 22 anos, quatro meses e dez dias, ambos em regime fechado. Flávio alegou que estava sendo ameaçado pelos dois e o juiz determinou que o júri dele fosse adiado e outro defensor fosse nomeado.

Nesta sexta-feira, ele então sentou no banco dos réus e a defesa do rapaz defendeu a tese de negativa de autoria. O Conselho de Sentença decidiu absolvê-lo da acusação de homicídio qualificado, mas condenou pela ocultação de cadáver. Com isso, o magistrado fixou a pena em dois anos e três meses de prisão, mas em regime aberto.

Carina, o marido Rafael e Flávio, no começo do julgamento em setembro deste ano (Foto: Bruna Marques | Arquivo)
Carina, o marido Rafael e Flávio, no começo do julgamento em setembro deste ano (Foto: Bruna Marques | Arquivo)

Autoria - No dia em que o corpo de Ricardo foi encontrado, um homem que morava com a vítima, identificado como Luís Ricardo Ferreira dos Santos, de 35 anos, procurou a delegacia e assumiu a autoria do crime. Ele chegou a ser preso e levou os investigadores até o local em que o corpo do amigo estava enterrado. As investigações, no entanto, já apontavam para a participação dos traficantes.

Em depoimento, Luís Ricardo chegou a contar que matou o amigo após uma discussão banal, que começou depois que ele fez um comentário sobre o relacionamento de Ricardo. Mais tarde, confessou que assumiu o crime a mando dos traficantes, todos integrantes do PCC. Carina, Rafael e Flávio foram presos em outubro deste ano, por força de mandados de prisão temporária. Na data, acabaram flagrados com uma pistola, 91 gramas de cocaína, 14 gramas de maconha e R$ 4.211,15 mil em dinheiro, além de 15 munições.

Corpo de Ricardo na cova onde foi enterrado após ser queimado (Foto: Reprodução)
Corpo de Ricardo na cova onde foi enterrado após ser queimado (Foto: Reprodução)

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