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Capital

Espalhadas por Campo Grande, obras contra enchente parecem eternas

Marta Ferreira | 09/06/2011 09:28
Barragem na Via Parque é uma das obras em andamento. (Foto: Simão Nogueira)
Barragem na Via Parque é uma das obras em andamento. (Foto: Simão Nogueira)

Um passeio por áreas nobres de Campo Grande revela um cenário que virou rotina nos últimos anos: canteiros de obras espalhados pelas margens dos córregos e regiões onde as chuvas costumam provocar problemas.

Em época de estiagem, a pergunta mais ouvida é se vai dar tempo de terminar o que foi começado antes que venham as chuvas e a cidade volte a sofrer com enxurrada e transbordamento dos córregos.

O prefeito de Campo Grande, Nelson Trad Filho (PMDB), afirmou ao Campo Grande News que tudo será concluído a tempo. Segundo ele, a prefeitura quer “fechar”, até agosto, as obras de contenção de enchentes que estão em andamento. Agosto é o mês em que a prefeitura costuma fazer a inauguração de um pacote de obras na cidade, por causa do aniversário, no dia 26.

Um dos canteiros de obras é na Via Parque, onde cerca de 20 trabalhadores e máquinas pesadas atuam na construção de uma quarta barragem para ajudar a diminuir a força das águas do córrego Sóter, no trecho aos fundos do Clube Estoril. Lá, as obras parecem estar avançadas.

A estrutura de ferro e madeira que vai se transformar em barragem está recebendo concreto. No futuro, vai ser um obstáculo na passagem da água que, nas últimas chuvas, ultrapassou o leito do córrego, invadindo a pista e desaguando no córrego Prosa, que também transbordou.

Outro ponto que também costuma alagar e onde estão sendo feitas interferências, é na avenida Paulo Coelho Machado, pegando uma parte do Shopping Campo Grande. Ali, a estrutura em implantação visa drenar a água do Prosa, que tem nascente neste local.

Estão sendo feitas galerias para escoamento de água pluvial, ligando as que já foram feitas nas duas extremidades da via. A obra, nesta quarta-feira, estava parada.

O tráfego na Paulo Coellho Machado (a antiga Furnas), que chegou a ficar fechado por meses, foi reaberto, mas um trecho próximo da Afonso Pena segue sem asfalto.

“É estranho passar por aqui, nesse trecho tão nobre, sem asfalto, e ver essa obra parada”, comentou Zilda Vieira da Costa, de 45 anos, ao passar ao lado do tapume que cerca a obra dentro do shopping Campo Grande.

Zilda disse que a sua expectativa é que, com o tempo seco, os trabalhos sejam acelerados para que o trecho volte a ficar tão bonito quanto antes e, mais importante, sem alagamentos.

Dezenas de sacos de terra que foram tirados de obra, porque esquema não deu certo, e agora são substituídos por pedras.
Dezenas de sacos de terra que foram tirados de obra, porque esquema não deu certo, e agora são substituídos por pedras.

A intervenção, iniciada no meio do ano passado, tem investimento previsto de R$ 13,7 milhões em drenagem, recapeamento do asfalto e construção de galerias por onde passarão as águas do córrego Prosa.

Tudo de novo - Em outro ponto, no córrego Cachoeirinha, na avenida Ricardo Brandão, pelo menos 10 operários estão trabalhando na construção de um novo gabião, proteção de pedras para o barranco, que está substituindo a antiga, feita com sacos de areia.

O que foi tirado, por sua vez, forma uma montanha num terreno ao lado. Essa obra foi provocada pelos estragos das chuvas de Verão deste ano.

Em outro bairro da cidade que teve estragos das chuvas, o Nova Lima, foi liberada esta semana, após mais de um mês fechada, foi reaberta no fim de semana.

Na Ernesto Geisel, obras de combate à erosão nem sequer começaram.
Na Ernesto Geisel, obras de combate à erosão nem sequer começaram.

Enquanto essas obras ganham corpo, ao longo do rio Anhanduí, na avenida Norte e Sul, moradores e trabalhadores em empresas da região cobram solução para a situação em que se encontram as margens do manancial.

Em frente ao Norte Sul Plaza, o novo shopping inaugurado no fim de maio em Campo Grande, a pista recebeu sinalização, um tapume de metal foi instalado para evitar quedas no córrego, mas o restante continua igual na época das chuvas de Verão, quando houve alagamentos na região.

Em um trecho de mais de mil metros, no sentido centro-bairro, o desmoronamento do barranco, ocorrido nesta época, obrigou a interdição de meia-pista.

Mais à frente, outro pedaço de barranco levado pelas águas chama a atenção dos vizinhos e provoca medo.

Enquanto a prefeitura não inicia obras, a salgadeira Neusa Moreira, de 55 anos, opina sobre qual seria na sua opinião, a melhor solução, enquanto trabalha no canteiro da Norte-Sul: “Tinha de canalizar tudo, como foi feito na 31 de março (antigo nome da Fernando Correia da Costa, onde o córrego Prosa foi coberto por concreto).

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