Especialista em falsificar documentos cobrava de R$ 200 a R$ 1,5 mil por CNH
Esquema acabou descoberto pela polícia no fim da semana passada, mas só foi divulgado nesta sexta-feira (16)
Um esquema de falsificação de documentos foi desmontado pela Polícia Civil de Campo Grande. Conforme a investigação, Julio Cesar Ozuma Henrique, 43 anos, mantinha um “escritório de falsificação” no bairro Los Angeles. No local, ele adulterava desde folhas de cheque até RGs e CNH (Carteira Nacional de Habilitação).
De acordo com o delegado titular da Dedfaz (Delegacia Especializada em Repressão a Crimes de Defraudações e Falsificações), Maércio Alves Barboza, a polícia passou a investigar o falsificador depois que uma pessoa foi flagrada dirigindo com uma CHN falsa.
“Esta pessoa disse que havia comprado o documento e indicou o endereço do falsificador. Com um mandado em mãos, fomos até o local e encontramos todas as provas”, conta.
Na casa de Julio Cesar a polícia encontrou um aparelho micro retificador, documentos verdadeiros de terceiros, vencidos ou furtados, e 15 folhas de cheques adulteradas.
“Ele pegava os documentos verdadeiros de terceiros, vencidos ou furtados, apagava os dados reais e inseria o de golpistas. Já os cheques, conseguia por meio de 'laranjas' e adicionava dados de pessoas com dinheiro em conta”, explica o delegado.
Segundo a polícia, cada documento falsificado ou adulterado custava de R$ 200 a R$ 1,5 mil. Além das falsificações, na casa de Julio Cesar, a polícia ainda encontrou 110 bermudas, que teriam sido roubadas de um loja de roupas da Capital, no início deste mês.
Julio Cesar foi preso e autuado por falsificação de documentos públicos e petrechos de falsificação, além de receptação, no dia 08 deste mês. No entanto, foi solto no dia seguinte, após passar por audiência de custódia.