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Capital

Estado investiga até policial por fazer terrorismo em rede social

Mariana Lopes, Nicholas Vasconcelos e Helton Verão | 18/03/2013 15:02
Governador acusou autor das mensagens de aproveitador (Foto: Vanderlei Aparecido)
Governador acusou autor das mensagens de aproveitador (Foto: Vanderlei Aparecido)

A Polícia investiga várias pessoas por espalhar mensagens pela internet e celulares, aproveitando os ataques a veículos na Capital, para espalhar pânico entre as mulheres. A informação é do governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB), na manhã de hoje (18). Ele insinuou, ainda, que um policial estaria envolvido nos boatos.

Até o momento ninguém foi preso, segundo a assessoria do Governo. A Sejusp (Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública) também ressaltou que não há detidos sobre o "terrorismo virtual".

Durante o evento, André criticou a ação terrorista feita através de rede social. A mensagem, que circulou no Facebook e por mensagens de celular, alertavam sobre a possibilidade de ataques a mulheres sozinhas no trânsito ou na entrada de escolas.

“Isso foi coisa de delinquentes e aproveitadores que utilizaram de redes sociais para colocar suas imbecialidades e causar pânico na população”, disse o governador, durante a entrega de viaturas da Polícia Militar.

"Já sabemos de alguns casos das redes sociais. E para nossa, surpresa, tem um policial, que não é nosso, envolvido", afirmou o governador. Pela declaração, Puccinelli excluiu da lista de suspeito os policiais civis e militares, que seriam integrantes das forças estaduais. 

A assessoria do Governo retornou para esclarecer que não são sete suspeitos, mas que sete pessoas estariam detidas em decorrência dos ataques criminosos no Estado. No entanto, apenas o andarilho foi detido na Capital por envolvimento no ataque aos veículos. Já outros estariam presos em Três Lagoas. 

O secretário de Justiça e Segurança Pública, Vantuir Jacini, afirmou que o serviço de inteligência da polícia investiga o caso para chegar à fonte da informação. Segundo ele, serão rastreados os IP’s das máquinas das quais saíram as mensagens até identificar a origem da primeira delas.

O ataque virtual veio na sexta-feira passada, depois da onda de carros incendiados em Campo Grande. Uma das mensagens trazia orientações para as mulheres evitarem sair sozinhas, pois podiam ser alvo de facção criminosa comandada dos presídios. Algumas falavam em risco na saída das escolas e outras pediam para ninguém sair de casa porque haveria assalto a bancos.

“Atenção amigas: Recebi o seguinte aviso de uma colega de trabalho que tem parentes na polícia civil: mulheres devem evitar sair sozinhas hoje devido a ação do PCC aqui em Campo Grande. O alvo dos ataques de hoje serão mulheres com crianças na saída das escolas, do trabalho etc. Ela disse que as msgs foram interceptadas e a ordem é botar pra f...! Vamos tomar cuidado!!! Compartilho a informação a pedido dela”, constava na mensagem.

O comandante da Polícia Militar, coronel Carlos Alberto David dos Santos, também se manifestou a respeito das mensagens. “Certamente a pessoa que utilizou indevidamente o nome da Polícia Militar, infelizmente, quis criar um sentimento de insegurança na população”, disse o coronel em publicação na rede social.

(Matéria editada e corrigida às 15h45 para corrigir informações a pedido da assessoria do Governo do Estado)

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