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Capital

''Estava fora de mim'': réu culpa drogas pela morte de musicista

Musicista foi morta a marteladas e teve o corpo desovado na região do Inferninho em julho de 2017

Kerolyn Araújo e Mirian Machado | 29/03/2019 11:20
Réu disse que cometeu o crime porque estava sob efeito de drogas. (Foto: Henrique Kawaminami)
Réu disse que cometeu o crime porque estava sob efeito de drogas. (Foto: Henrique Kawaminami)

''Estava fora de mim''. Essa frase foi repetida várias vezes por Luís Alberto Bastos Barbosa, que está sendo julgado nesta sexta-feira (29) pela morte da musicista Mayara Amaral. O réu diz que está arrependido e que cometeu o crime porque estava sob efeito de drogas.

Ao juiz titular da 2ª Vara do Tribunal do Júri, Aluizio Pereira dos Santos, Luís reforçou a versão dada em audiências de instrução, que teria cometido o crime em um momento de 'surto' devido ao uso excessivo de drogas. Segundo o réu, ele teria feito o uso de vários tipos de entorpecentes nos três dias anteriores a data do crime. ''Eu estava bastante transtornado. Me arrependo a todo o momento, desde o início", disse.

Luís contou que foi encontrou Mayara na noite do dia 24 e, juntos, decidiram ir para um motel. Já na madrugada do dia 25, eles teriam começado uma discussão depois que a vítima relatou que poderia estar com uma doença sexualmente transmissível. Ela teria exigido que ele contasse para a namorada sobre o caso. Durante a discussão, eles teriam agredido um ao outro com arranhões e puxões de cabelo.

Segundo o acusado, depois da briga ele pegou um martelo que estava dentro de sua mochila e se lembra de ter dado um golpe na cabeça da vítima. A versão, porém, é negada pelo laudo pericial, que aponta que Mayara foi atingida na cabeça pelo menos seis vezes.

O réu relatou que ficou fora de si e pensou em como 'sairia do problema'. Então, ele colocou o corpo de Mayara no porta-malas do carro da vítima e, horas depois, desovou na região do Inferninho, na saída para Rochedo.

Mayara Amaral foi assassinada em julho de 2017 (Foto: Reprodução/Facebook)
Mayara Amaral foi assassinada em julho de 2017 (Foto: Reprodução/Facebook)

Luís assumiu que matou Mayara a marteladas, mas negou que também tivesse ateado fogo no cadáver. ''Eu deixei lá e sai", contou. Porém, imagens de câmera de segurança flagraram Luís em um supermercado comprando cerveja e um vidro de álcool antes de abandonar o corpo na estrada.

O crime - Mayara foi morta na noite do dia 25 de julho de 2017, em um motel localizado na Avenida Euler de Azevedo, a golpes de martelo e teve o corpo abandonado e carbonizado em uma estrada vicinal na região do Inferninho, na saída de Campo Grande para Rochedo.

Luís está preso desde o dia 27 de julho quando foi surpreendido por equipes da Polícia Civil, e preso em flagrante pela morte da musicista de 27 anos. Na data, outros dois suspeitos de participação foram presos também, Ronaldo da Silva Olmedo, de 30 anos e Anderson Sanches Pereira.

Após versões contraditórias, o suspeito acabou confessando que matou Mayara sozinho, durante uma discussão. Ele alegou ainda que estava sob efeito de drogas e teve um rompante de raiva. Por conta disso, e pelas faltas de provas, o Tribunal de Justiça livrou Anderson e Ronaldo das acusações de envolvimento no assassinato.

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