Estudantes enfrentam problemas para fazer inscrição pelo site do Sisu
Vários candidatos tentam há horas preencher cadastro
Estudantes estão tendo dificuldade para fazer a inscrição no site do Sisu (Sistema de Seleção Unificada). O período para se cadastrar e concorrer a uma vaga nas universidades públicas começou às 2h45 de hoje e vai até as 23h59 do dia 18.
“O site está muito lento, está dando congestionamento e não dá para fazer a inscrição”, reclama o estudante Gabriel Souza Nogueira, de 18 anos. Desde hoje cedo ele tenta se cadastrar, mas depois de várias tentativas disse que deixará para tentar novamente noite, na esperança de que tenha menos gente tentando fazer inscrição nesse horário.
Gabriel avalia que o servidor disponibilizado pelo Ministério da Educação para o site do Sisu deveria ter capacidade maior que os 100 mil acessos anunciados, considerando que terá de atender a milhões de estudantes em apenas três dias.
A estudante Karine de Souza, de 17 anos, também já tentou várias vezes sem sucesso fazer a inscrição. Ela explica que ao entrar no site do Sisu, a página fica carregando. Em seguida expira e mostra uma mensagem para tentar novamente. “Estou tentando desde as 11h”, conta.
Já o estudante Lennon de Souza Malta, de 17 anos, tenta desde às 8h, mas sequer consegue abrir a página do MEC (Ministério da Educação). “Se entra direto no Sisu também não dá certo”, detalha.
Em vários outros estados, estudantes estão enfrentando problemas para fazer o cadastro neste domingo. Apesar disso, a assessoria de imprensa do MEC informou ao site G1 que o sistema do Sisu operou normalmente nesta manhã.
Para fugir do congestionamento do site, o estudante Wellington de Jesus Dias, de 23 anos, que tenta este ano uma vaga pública no ensino superior, acordou cedo e às 6h30 conseguiu se inscrever sem dificuldades.
Ansiedade - Enfrentar a lentidão do sistema não é a única reclamação dos candidatos às vagas nas universidades públicas. Para muitos estudantes, a inovação no processo seletivo apenas atrapalhou.
É o caso de Gabriel Nogueira, de 18 anos, que pretende cursar Direito na UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul). Ele reclama do peso usado na correção da prova e da concorrência com alunos de outros estados.
Em 2009, quando ainda cursava o 3º ano do Ensino Médio, Gabriel foi aprovado no vestibular de Direito da UFMS, mas não pôde assumir a vaga. Com a mudança, acredita que as chances tenham diminuído.
Isso porque, apesar de ter ido bem no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), não obteve boa pontuação na redação. Por isso, a vaga que já esteve tão perto pode ser dada a um estudante de outro estado. “Devia ter uma reserva de vaga para as pessoas que fazem a prova em seu estado”, sugere.
Outra reclamação do estudante é que na época dos vestibulares, ele podia fazer a prova em várias instituições no mesmo ano. “Eu uma delas eu passaria. Agora tenho que esperar um ano inteiro para fazer a prova. O Enem atrapalhou tudo”, resume.
