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Capital

Estudos dizem que pessoas são mais solidárias no Natal

Vania Galceran | 19/12/2014 19:58
Cidade de Deus em Campo Grande. (Foto Marcos Ermínio)
Cidade de Deus em Campo Grande. (Foto Marcos Ermínio)

O 25 de dezembro se aproxima. Nesta época do ano, além dos enfeites natalinos que deixam as casas, as ruas e árvores mais bonitas, afloram também os sentimentos de Caridade e de Solidariedade entre as pessoas, humanizando essa data festiva e importante que homenageia Jesus, o Senhor da Paz.

No Natal, as pessoas ficam mais solidárias, mais humanas, mais presentes, mas por que será?
Nesse sentido, a caridade completa — que é sinônimo de Amor — vivenciada por gestos de carinho e ações de boa vontade, colabora na resolução de assuntos que ficaram mal resolvidos durante o ano.

A psicóloga Maria Marta aponta que “o mecanismo de doação" motiva e mobiliza as pessoas de forma subjetiva a materializarem suas dores, penas, amores, sentimentos diversos que vêm à tona, em forma de Caridade.

Além disso, estudos baseados em neuroimagem e neuroquímica cerebral observam maior funcionamento de certas áreas do cérebro e maior liberação de neurotransmissores específicos quando as pessoas estão envolvidas com sentimentos de cooperação, bondade, altruísmo”, disse.


Portanto, não só os que recebem um gesto caridoso são favorecidos, mas também aqueles que os praticam. “Cumprindo sua parte social, a pessoa sente-se bem com Deus e com a própria consciência. Doar faz bem à Alma, traz sentimento de Felicidade, Paz, isso é fato inegável. Na experiência clínica, observa-se que pessoas envolvidas em obras de caridade ou voluntariado são menos propensas à negatividade, à depressão. São pessoas mais fortes, que valorizam a Vida”, apontou a psicóloga.

A dona Maria Elza Oliveira (64) aposentada, conta que todo tipo de ação, no Natal fica mais bonita e desperta uma sensação de "alívio". Mas ela conta que no seu dia-a-dia, boas ações estão sempre presentes. “A gente faz esse tipo de campanha no prédio. Eu moro na Vila Alba,e a gente junta brinquedos, porque criança gosta de brinquedo. Já tem a pessoa certa que pega e leva. Quando tem algum defeito alguém conserta, a gente paga uma costureira... Se cada um fizer um pouquinho, a situação melhora. Ninguém consegue viver sozinho. ", comenta dona Maria Elza.

A favela Cidade de Deus em Campo Grande, é um dos exemplos de solidariedade que mais mobiliza instituições e pessoas para ajudar. Só nesse fim de semana e início da semana que vem pelo menos 3 instituições estarão realizando eventos em benefício daquelas famílias.

O bairro é onde fica o “lixão” de Campo Grande, e as famílias vão participarão de vários eventos que vão beneficiar toda a comunidade. Será uma grande festa de Natal . Serão servidas 500 refeições e distribuídos cerca de mil brinquedos. A ação, encabeçada pelo Pastor Walter Perez acontece há cinco anos e conta com o apoio da Igreja Batista Semear.

"Conseguimos doações de alimentos e dos brinquedos e isso proporcionará um dia bastante alegre para essas pessoas que vivem, na sua maioria, passam por muitas dificuldades", explica o Pastor Walter.
Os alunos do curso de formação policial também se mobilizaram e vão realizar uma ação no bairro . O evento vai presentear os alunos da “Escolinha Filhos da Misericórdia”, estendendo às demais crianças do bairro, sendo que a expectativa é atender cerca de 300 crianças.

Além dos brinquedos, os acadêmicos vão oferecer pipoca, pula-pula, pintura facial, jogos interativos, picolés e refrigerantes. Este projeto partiu da iniciativa das alunas Maira Chaves e Danielle Bueno, da Turma Delta de Peritos Papiloscopistas, e ganhou a adesão de todas as demais turmas de Investigadores, Peritos Criminais e Escrivães.

“Nós sempre tivemos a intenção de realizar ações sociais. Já havia participado de algumas e ao assistir às aulas de Polícia Comunitária vi a importância da aproximação entre o policial e a comunidade e nos mobilizamos inicialmente para atender as 21 cartinhas dos alunos da “Escolinha Filhos da Misericórdia”, explicou a acadêmica Maira Chaves, que ressaltou a simplicidade dos pedidos nas cartas. “Eles nos pediram coisas simples como kit escolar, chinelo, bola, roupa e até fraldas”.

O Pastor Ronaldo Batista, da primeira Igreja Batista de Campo Grande, contou que a Igreja tem um planejamento através de seus Ministérios de Ação Social e de Missões que mantêm ativas as ações o ano todo. No final do ano , segundo ele, a comunidade espera um movimento de presentes, e muitas vezes fica esperando um ato de solidariedade. Como por exemplo os presidiários, asilo e instiuições que atendem crianças. Os mebros da Igreja se ajudam e recolhem cestas básicas , fazem kits de higiêne e outros presentes para amenizar a solidão de quem , gferalemnte , passa sozinho essa data.

Para o pastor Ronaldo , todos nós, de uma maneira geral temos nossas culpas, a sociedade tem uma culpa coletiva e se sentre reesponsabilizada por algumas circunstâncias. Sendo assim num tempo que se fala de amor de doação, as pessoas se lembram mais disso e fazem algo ."Vivemos num mundo egoísta, quando você realiza uma a titude assim, isso se quebra um pouco", finaliza.

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