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Capital

"Eu mataria", diz sobre estupradores padrasto que violentou menina

Ana Paula Carvalho e Francisco Júnior | 23/08/2012 11:23
Bruno foi preso na noite de ontem em Água Clara (Foto: Pedro Peralta).
Bruno foi preso na noite de ontem em Água Clara (Foto: Pedro Peralta).

O homem acusado de estuprar a enteada de nove anos na madrugada do último sábado, no Jardim Tarumã, em Campo Grande, foi preso ontem à noite, em Água Clara, município distante 198 quilômetros da Capital. Ele estava perto da rodoviária quando foi flagrado por policiais militares. Bruno Gustavo da Silva, de 26 anos, confessou que iria comprar uma passagem para outra cidade para tentar fugir do flagrante.

De acordo com a delegada Regina da Mota, responsável pela investigação, o homem confessou o crime e disse que foi a primeira vez que “encostou na menina”. Ele vai prestar depoimento hoje à tarde.

Na delegacia, Bruno disse à imprensa que está arrependido do que fez e que se fosse com a filha dele de sete anos, “mataria o estuprador”.

O homem também alegou que sempre teve um bom relacionamento com a enteada durante os seis anos em que foi casado com a mãe dela. “Tínhamos uma relação de pai e filha. Nunca fiz nada com ela”, afirma. Dizendo-se arrependido e chorando, Bruno diz que a vida dele acabou. “Olha como eu estou aqui algemado, minha cara passando todo dia na televisão”.

Em todo o momento, enquanto conversa com os repórteres, ele disse que estava arrependido e que a culpa era da bebida. “Eu estava muito bêbado e não me lembro de tudo o que aconteceu”, conta.

Questionado porque no dia do crime não deixou a enteada com a mãe dela, como a namorada havia pedido, ele justificou que ela estava bebendo em um bar e que ficou preocupado já no local havia vários homens bêbados. “Eu quis protegê-la”.

Violência - O crime foi descoberto pelo dono da residência onde aconteceu o estupro. Marcas de sangue ficaram nas paredes, no chão e na cama, tamanha violência sofreu a menina.

Na noite de sábado, o suspeito, a mãe da menina, a ex-sogra e um grupo de amigos estavam bebendo em um bar no bairro Coophavila II. Conforme a delegada, a mãe da criança combinou com a ex-sogra, mãe de Bruno, para que ela ficasse aquela noite com a filha, pois ela iria trabalhar.

Após deixar o local rumo ao trabalho, o rapaz se desentendeu com a mãe dele e disse que ficaria com a menina. Quando saíram do local, por volta das 22h, foram até a casa onde aconteceu o crime.

Conforme os amigos relataram ao pai biológico da menina, o suspeito ficou sozinho na casa com a criança, enquanto os outros seguiram para uma casa de shows na rua Brilhante.

Já na madrugada de domingo, por volta das 3h, o grupo voltou para a residência. O dono da casa disse que o padrasto e a menina não estavam mais lá.

Assustado com as manchas de sangue pela casa, o amigo foi até a residência do padrasto para saber o que tinha acontecido no local.

O suspeito disse ao amigo, que as manchas de sangue eram por causa da menstruação da criança que havia descido.

Chorando de dor e ainda sangrando muito a criança só foi levada ao posto de saúde por volta das 6h, quando a mãe do padrasto resolveu acudir a menina. Só depois de peregrinar pelo posto de saúde do bairro Coophavila e Guanandi é que ela chegou a Santa Casa. A ex-mulher tem 27 anos e trabalha como segurança de festas.

Por causa da violência a menina precisou ter parte dos órgãos reconstruídos. Os médicos afirmaram que houve a consumação do ato e que se o socorro à menina demorasse mais algumas horas, ela poderia ter morrido.

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