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Capital

Ex-diretor diz que sucateamento do HU ocorreu de forma gradativa

Jéssica Benitez | 01/07/2013 14:37
Gualberto Nogueira falou hoje à CPI como ex-diretor do HU.
Gualberto Nogueira falou hoje à CPI como ex-diretor do HU.

O diretor que antecedeu o médico José Carlos Dorsa no comando do Hospital Universitário, Gualberto Nogueira, foi o 9° depoente da CPI da Saúde da Câmara Municipal de Campo Grande. Em depoimento, ele disse que o sucateamento do setor de radioterápico do HU foi gradativo. Ele esteve à frente da unidade entre os anos de 1992 a 1996 e depois entre 2007 e 2009.

“O sucateamento ocorreu ao longo dos anos. Os equipamentos foram ficando obsoletos, quebrados. Uma solicitação para compra de novos equipamentos pode levar anos”, explicou Gualberto ressaltando que quando o pedido é atendido o equipamento solicitação já está ultrapassado.

Outro problema enfrentado pelo setor desde a década de 1990 é a escassez de médicos especializados em Radioterapia. Segundo o ex-diretor, quando há oportunidade de contratação, o profissional não aceita porque pode ganhar mais do que um servidor público na rede privada.

Durante a oitiva, Gualberto explicou o motivo de sua saída da direção do HU. “A gente não tinha como planejar o amanhã, porque tinha problemas para resolver hoje. Eu procurava a pessoa certa para resolver os problemas, mas ela me dizia que não podia resolver. Foi um acumulo de coisas e se continuasse ali eu iria enfartar”, contou, sem citar nomes.

Para tentar minimizar a decadência do setor radioterápico, ele chegou a solicitar em março de 2009 uma comissão de estudos para viabilização da radio e da quimioterapia. O resultado do levantamento foi que para conseguir “reerguer” a área seria necessário investimento de R$ 287 mil.

Em agosto do mesmo ano Gualberto pediu afastamento do cargo e até então nenhuma resposta foi dada ao pedido. “Mas não posso fazer aqui afirmações levianas, sem prova dos fatos”, finalizou.

Sentença – O relatório conclusivo da CPI da Saúde ainda não começou a ser elaborado, mas um dos integrantes, o vereador Coringa (PSD), já antecipou parte de sua avaliação com base nos depoimentos colhidos. Hoje pela manhã, o parlamentar disse que achou as respostas de Gualberto um tanto quanto vazias.

Ele também disse que grande parte das oitivas revelaram a ineficiência da reitora da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Célia Correa, como “maioral” da universidade. “Ela nunca está, nunca pode atender. Ela passa as tarefas que cabem a ela aos diretores ou ao vice-reitor. Infelizmente na minha concepção ela errou e errou muito”, exclamou.

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