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Capital

Exames detectam infecção em Yago, que segue respirando por aparelhos

Nyelder Rodrigues e Anahi Zurutuza | 20/07/2017 21:45
Na incubadora, Yago dorme abraçado em um polve de crochê; segundo médicos, a posição dá conforto e acalma o bebê (Foto: Santa Casa/Divulgação)
Na incubadora, Yago dorme abraçado em um polve de crochê; segundo médicos, a posição dá conforto e acalma o bebê (Foto: Santa Casa/Divulgação)

Exames realizados no bebê Yago, que nasceu pré-maturo após 27 semanas no ventre da mãe - mantida sob no período, ao ser diagnosticada com morte cerebral -, detectaram uma infecção, que terá o foco encontrado após novos exames, realizados nesta quinta-feira (20), mas que ficarão com os resultados prontos nesta sexta-feira (21).

Yago completou três meses e 22 dias nesta quinta e está respirando sob auxílio de aparelhos. Segundo a assessoria da Santa Casa, onde ele está internado na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) há 112 dias, o bebê também está perdendo peso, já que está com a alimentação por sonda suspensa para a realização dos exames.

Por enquanto, a criança recebe apenas soro, e seguirá assim até que seja definido os motivos para a piora do estado de saúde dele e o tratamento a ser realizado para que Yago se recupere e não precisa mais ficar entubado.

Antes de apresentar piora no quadro de saúde, ele já pesava 1,7 kg, mas perdeu 300 gramas nos últimos dias. Antes, em 27 de abril, Yago foi submetido a uma correção cirúrgica do canal arterial, problema detectado pelos médicos que cuidam dele e motivado pelo nascimento prematuro.

Nascido em 31 de março, a previsão era de que em julho o bebê teria alta, porém o quadro instável neste mês impediu. A equipe só deixará que o pai o leve para casa quando Yago estiver com no mínimo 2 kg e se alimentando normalmente.

Caso - A situação de Yago é inédita em Mato Grosso do Sul e foi marcado por troca de informações com médicos do Espírito Santo e Portugal, onde aconteceram situações similares.

Com a morte encefálica da mãe, Renata Souza Sodré, 22 anos, o nascimento do bebê era uma aposta de alto risco. Renata sofreu um AVC (Acidente Vascular Cerebral) em 27 de janeiro e teve a morte cerebral constatada por dois testes clínicos e mais exame de imagem. Os médicos descobriram que, ainda assim, o feto vivia e entrava na 17ª semana.

O caso foi explicado à família e acompanhado pela Comissão de Ética do hospital, sendo que diariamente foram administrados medicamentos para a mãe, porque com a morte cerebral o corpo para de produzir hormônios, além de envolver vários funcionários do hospital para que fosse o trabalho fosse mantido sem contratempos.

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