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Capital

Exército faz mistério sobre custo e o que apreendeu em operação de guerra

Porta-voz do CMO disse que furto de pistola de general 'não teve relação direta com ação militar', mas 'arma se tornou objeto da operação ao ser furtada'

Luana Rodrigues | 17/04/2017 16:17
Vila Taveirópolis foi um dos locais que o Exército realizou fiscalização intensiva nesta sexta (Foto: Ângela Kempfer)
Vila Taveirópolis foi um dos locais que o Exército realizou fiscalização intensiva nesta sexta (Foto: Ângela Kempfer)

Mistério e dúvidas rodam a ‘operação de guerra’ realizada pelo Exército Brasileiro, durante este fim de semana, em Campo Grande. Até a tarde desta segunda-feira (17), o CMO (Comando Militar do Oeste) não deu explicações sobre os gastos com a operação, que envolveu 390 militares e mais policiais militares e civis, nem revelou o balanço do que foi apreendido na ação militar, que durou quase 30 horas.

Em busca de respostas, nos últimos dois dias e por repetidas vezes, a reportagem solicitou ao CMO informações com detalhes da operação como investimento, material apreendido ou um balanço parcial. No entanto, a resposta emitida pelo major Marcelo Machado, porta-voz da unidade regional do Exército, foi sempre a mesma, de que não será emitido nenhum balanço sobre a operação, porque ela é sigilosa.

“Havíamos avisado desde o início que não seria divulgado balanço. A operação é sigilosa, o material procurado era sigiloso, tudo será mantido em sigilo”, diz.

Na manhã de hoje, o Campo Grande News divulgou que a arma de um general, furtada na sexta-feira (14) da casa particular do militar, na região do Conjunto Aero Rancho, foi apreendida durante a operação. Porém, o CMO também não confirma esta informação.

“A operação foi feita para busca de armamentos de uso restrito e explosivos que possam ser usados por criminosos. A partir do momento que arma foi furtada, ela passou a ser objeto da operação, mas não fizemos tudo isso só por conta de uma arma. Esta pistola não foi apreendida”, disse.

A fiscalização que, segundo o CMO, começou por volta das 17h de sexta-feira (14) e terminou às 22h do sábado (15), contou com 390 militares nas ruas, mais o apoio da PM (Polícia Militar) e da Polícia Civil. Oficialmente, o Exército que a operação foi deflagrada com base em denúncias recebidas em operações de inteligência desenvolvidas pelo CMO, entre elas a  Operação Ágata, realizada há 15 dias, na fronteira.

"A denúncia era de que armas e explosivos estariam a caminho de Campo Grande, então resolvemos deflagrar a operação nesse fim de semana, de Semana Santa, para evitar transtornos à cidade", explica o major, que antecipa que o CMO não irá realizar um balanço final da operação por se tratar de material controlado em sigilo.

A presença dos homens armados e de veículos do exército nos bairros causou estranheza em moradores da região sul de Campo Grande. Segundo o porta-voz do CMO, os trabalhos foram realizados durante o feriado para evitar transtornos na cidade.

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