Falta de veterinário à noite no Centro de Zoonoses vira alvo de apuração
Investigação cita animais em recuperação após cirurgias no período noturno

Uma publicação no Diário Oficial do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) comunica a abertura de investigação para apurar possível irregularidade no funcionamento do Centro de Controle de Zoonoses de Campo Grande. O foco é a ausência de médico-veterinário durante a noite, mesmo com animais permanecendo no local em período de recuperação após cirurgia de castração.
RESUMO
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O Ministério Público de Mato Grosso do Sul iniciou investigação sobre possíveis irregularidades no Centro de Controle de Zoonoses de Campo Grande. A principal preocupação é a ausência de médicos veterinários durante o período noturno, mesmo com animais em recuperação pós-cirúrgica de castração. A 34ª Promotoria de Justiça da Capital, responsável pelo caso, busca verificar se a rotina do Centro respeita as normas técnicas veterinárias e se o modelo adotado está em conformidade com a regulamentação federal. A investigação inclui fiscalizações noturnas e análise comparativa com outros municípios do país.
O caso está sob responsabilidade da 34ª Promotoria de Justiça da Capital e teve início a partir de uma denúncia anônima. A apuração busca esclarecer se a rotina adotada pelo Centro respeita as normas técnicas da medicina veterinária e garante acompanhamento adequado aos animais internados.
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Segundo o Ministério Público, a preocupação central é o fato de animais permanecerem no Centro de Zoonoses durante a noite em fase de pós-operatório, etapa considerada delicada e que pode exigir atendimento imediato em caso de complicações.
Para os promotores, a ausência de médico-veterinário nesse período pode caracterizar falha na prestação do serviço, já que situações inesperadas podem ocorrer fora do horário comercial.
A investigação também reúne documentos e normas do CFMV (Conselho Federal de Medicina Veterinária), que definem responsabilidades técnicas, deveres profissionais e exigências mínimas para o cuidado com animais submetidos a procedimentos cirúrgicos.
O objetivo é verificar se essas normas exigem acompanhamento profissional contínuo quando há animais internados e se o modelo adotado pelo município está de acordo com o que prevê a regulamentação federal.
Como parte da apuração, o Ministério Público informa que houve fiscalização no período noturno para observar, na prática, como funciona o atendimento fora do horário habitual e se existe algum tipo de monitoramento dos animais que permanecem no local.
Além disso, a promotoria solicitou um levantamento sobre como outros municípios do país lidam com situações semelhantes, especialmente em unidades públicas que realizam cirurgias e mantêm animais internados durante a noite.
Por enquanto, o procedimento está em fase de apuração. O Ministério Público ainda aguarda respostas técnicas e informações solicitadas aos órgãos envolvidos.
Caso sejam confirmadas irregularidades, o caso pode resultar em recomendações formais, ajustes no funcionamento do serviço ou na abertura de novos procedimentos. Se não houver problemas, a apuração pode ser encerrada.
O Campo Grande pediu um posicionamento oficial da gestão municipal sobre essa situação, mas ainda não houve retorno. O espaço está aberto para esclarecimentos.
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