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Capital

Faltou manutenção no prédio em que parede desabou, diz Crea

Jeozadaque Garcia e Viviane Oliveira | 10/02/2012 20:52

“Não importa a idade, o que manda é a manutenção”, afirma Jary Castro, presidente do órgão

Para Jary, proprietários de imóveis devem observar possíveis falhas na construção. (Foto: João Garrigó)
Para Jary, proprietários de imóveis devem observar possíveis falhas na construção. (Foto: João Garrigó)

O presidente do Crea-MS (Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura de Mato Grosso do Sul), Jary Castro, garante que a manutenção do prédio que desabou na manhã desta sexta-feira (10) na Vila dos Ferroviários, em Campo Grande, foi fator determinante para o incidente.

“Não importa a idade [do prédio], o que manda é a manutenção”, afirmou. Jary esteve esta tarde no local, que permanece interditado, e avaliou as condições do prédio, que tem pelo menos 80 anos.

Dois dos quatro prédios estão interditados no cruzamento da rua 14 de julho com General Mello. Ainda conforme Jary, não cabe ao Crea interditar uma obra, mas sim fazer o acompanhamento técnico antes, durante e depois da construção, com técnicos e engenheiros, fazendo as orientações necessárias.

Para ele, cabe ao dono do estabelecimento observar possíveis rachaduras e zelar pelo local. Caso o proprietário veja alguma falha, deve acionar o órgão para fazer uma vistoria e, se necessário, encaminhar ao órgão competente para a interdição do prédio.

Estrutura desabou e atingiu restaurante na Vila dos Ferroviários. (Foto: João Garrigó)
Estrutura desabou e atingiu restaurante na Vila dos Ferroviários. (Foto: João Garrigó)

O prédio que desabou hoje, de acordo com Jary, apresentava problemas de infiltração, cupim e rachaduras. A parede caiu sobre o telhado de um restaurante, danificando o forro, cadeiras, mesas e outros objetos que haviam no local. Ninguém ficou ferido.

“Quem tem que observar essas coisas é o proprietário. No caso desse prédio, se alguém tivesse chamado o Crea, o engenheiro viria até o local e as informações seriam repassadas para o órgão responsável”, finaliza.

Bombeiros - Já o papel do Corpo de Bombeiros na prevenção de acidentes é voltado para a segurança dos moradores, com a vistoria de extintores, iluminação e saídas de emergência. Segundo o tenente Kléber Barbosa Arantes, cabe à Prefeitura realizar vistoria no imóvel.

“Não existe uma legislação que obrigue o proprietário a fazer vistoria”, aponta.

Em caso de risco de desabamento, a Defesa Civil interdita o local e retira as pessoas. Em seguia, o proprietário é acionado para fazer a reconstrução do imóvel sob a supervisão de um engenheiro. Depois, uma nova vistoria é feita para, finalmente, o prédio ser liberado.

O comerciante Jair Dias, dono do restaurante atingido pelo prédio, disse que já havia alertado o dono do imóvel sobre as rachaduras e excesso de cupim.

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