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Capital

Família de jovem morto pelas costas protesta contra absolvição de réu

"Fiquei calada até o júri, mas agora é minha vez de falar enquanto mãe do Breno", diz Rosemary

Danielle Valentim | 12/05/2018 13:45
Breno foi assassinado pelas costas em frente ao condomínio que morava no Bairro Nova Lima. (Foto: Facebook/Divulgação)
Breno foi assassinado pelas costas em frente ao condomínio que morava no Bairro Nova Lima. (Foto: Facebook/Divulgação)

Neste domingo (13), Dia das Mães, a família de Breno da Motta Marinho, morto aos 21 anos com um tiro nas costas do Nova Lima, protesta em frente ao Santuário Estadual Nossa Senhora Perpétuo Socorro após a absolvição do réu Anderson Antônio de Brito Júnior, 19 anos.

Anderson assassinou Breno com um tiro nas costas em frente ao condomínio que a vítima morava no Bairro Nova Lima, no dia 28 de fevereiro de 2017. Em julgamento realizado na 1ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, no último dia 10 de maio, o réu foi absolvido do homicídio e condenado a dois anos de reclusão e 10 dias-multas pelo crime de porte ilegal de arma de fogo.

Contra o resultado do júri e pela primeira vez, a mãe Rosemary Oliveira da Motta, de 46 anos, decidiu se manifestar. “Eu fiquei quieta até agora, mas agora que foi finalizado é a minha vez de entrar e falar. O resultado do julgamento não condiz com o que aconteceu, ele atirou nas costas do meu filho. Meu filho não tinha passagem era um jovem de família.”, disse.

O manifesto acontece às 10h30, deste domingo (13), em frente ao Santuário Estadual Nossa Senhora Perpétuo Socorro, na Avenida Afonso Pena.

Sentença - O MPE (Ministério Público Estadual) pediu que o réu fosse condenado por homicídio qualificado. A defesa, no entanto, defendeu três teses: a de absolvição por inexigibilidade de conduta adversa, de absolvição por legítima defesa, ou o reconhecimento de homicídio privilegiado.

Em depoimento, Anderson confessou o crime e ainda alegou que matou Breno porque tinha medo e era ameaçado constantemente por ele. Na sentença, o júri reconheceu a autoria do crime, mas ainda assim entendeu que o réu deveria ser absolvido.

Pelo porte de arma de fogo, o jovem foi condenado a dois anos de reclusão e 10 dias multa, em regime aberto. Isso pois, ainda durante o depoimento, ele confessou ter comprado a arma por R$ 200. Diante da decisão, o juiz decretou a liberdade provisória do suspeito, que cumpria prisão preventiva desde o homicídio.

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