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Capital

Família de preso morto quer explicação e polícia deve pôr 3ª delegacia no caso

Aline dos Santos | 30/05/2016 12:04
Preso estava custodiado na cela do Garras e foi encontrado morto no dia 25. (Foto: Guilherme Henri)
Preso estava custodiado na cela do Garras e foi encontrado morto no dia 25. (Foto: Guilherme Henri)

Passados cinco dias que o preso Guilherme Gonçalves Barcelos, 31 anos, foi encontrado morto na cela do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco e Resgate a Assaltos e Sequestros), a família dele vai vir de Caracol a Campo Grande em busca de explicações e a Polícia Civil garante investigação. O homem teria se enforcado com uma calça jeans.

Contudo, a polícia alega segredo de Justiça e mantém o mistério sobre o motivo da prisão de Guilherme. A reportagem apurou que ele foi preso no inquérito sobre as mortes do policial civil Anderson Celin Gonçalves da Silva e do pistoleiro Alberto Aparecido Roberto Nogueira, o Betão. Os corpos foram encontrados carbonizados em Bela Vista no dia 21 de abril.

De acordo com o delegado Márcio Obara, titular da DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídios), a polícia vai investigar a morte do preso. Obara acredita que uma terceira delegacia deve ser designada para apurar o caso. Contudo, essa definição cabe à direção da Polícia Civil. Guilherme foi preso por equipe da DEH e custodiado no Garras.

“Quando localiza o corpo, o delegado é comunicado e é feito inquérito policial. Isso independe de provocação de familiares”, afirma o delegado.

A prisão de Guilherme foi determinada pela Justiça de Bela Vista. De acordo com o delegado, ele foi encontrado num hotel em Campo Grande e a ordem foi cumprida. Contudo, não confirma a relação entre o preso e o duplo homicídio. “As investigações estão sob sigilo”, salienta Obara.

A família de Guilherme deve vir amanhã a Campo Grande e pedir informações sobre a morte, pois ele estava sob tutela do Estado. Guilherme era dono de uma vidraçaria em Caracol e, segundo a família, veio à Capital de passagem e o destino final era uma fazenda, onde buscaria um caminhão.

A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da Policia Civil para confirmar a designação de uma terceira delegacia para investigar o caso, mas o responsável pelo setor estava em reunião.

Suspeitos - O Campo Grande News apurou que na semana passada equipes do Garras e da DEH foram a Bela Vista para prender os envolvidos nas mortes do policial e Betão. A informação extraoficial é de que um homem foi preso.

Outro alvo era Oscar Ferreira Neto, que mora em Caracol. Ele teve a prisão preventiva decretada, mas até a última quinta-feira (dia 26) não tinha sido localizado. Durante a busca, quem acabou preso foi o vereador Eyde Jesus Rodrigues Leite (PSL), pai de Oscar. O motivo da prisão foi porte ilegal de arma. O vereador obteve liberdade após pagar fiança.

A suspeita é que Betão e Anderson foram a Bela Vista para receber uma dívida. Servidor da Secretaria Estadual de Fazenda, Betão era considerado um dos maiores pistoleiros de Mato Grosso do Sul.

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