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Capital

Família de vítima diz que nunca viu crime tão bárbaro como assassinato de vigia

Francisco Júnior e Viviane Oliveira | 07/07/2011 12:43

Vigia foi espancado até a morte

Ainda com as roupas sujas de sangue, Airton aguarda está na delegacia. (Foto: Pedro Peralta)
Ainda com as roupas sujas de sangue, Airton aguarda está na delegacia. (Foto: Pedro Peralta)

Familiares do vigia Adelson Eloi Nestor de Almeida, de 46 anos, espancado até a morte na madrugada desta quinta-feira, no bairro Seminário, em Campo Grande, estão inconformados com o crime.

A irmã da vítima, Maria de Fátima de Almeida, 44 anos, disse que está chocada com tamanha violência. Ela conta que recebeu a notícia da morte do irmão pelo gerente do posto. “Nunca ouviu falar em um crime bárbaro como foi a morte do irmão”, disse ela relatando que o vigia sempre trabalhou na área de segurança.

Adelson fazia a segurança no posto há 2 anos e 8 meses. Segundo Maria de Fátima, ele nunca relatou algum incidente envolvendo violência no local.

De acordo com ela, a região onde o irmão trabalhava é tranquila, e só tem movimento no período de aula na universidade. “Os alunos quando saem da aula ficam lá (posto). Agora que está sem aula, deu 9 horas não passa ninguém na rua”, afirmou.

O cunhado do vigia, Lazáro Batista Vieira, 48 anos, disse estar chocado com o que aconteceu. “Para mim foi um choque. Ele nunca fez mal para ninguém. É uma notícia que você não está preparado para receber, ainda mais sobre uma pessoa que está trabalhando”.

O outro cunhado da vítima, Cícero Sandim da Silva, de 52 anos, dono de uma borracharia próximo do local onde o vigia trabalhava, teme que o autor fique solto.

“Um cara que mata outro trabalhando, tinha que apodrecer na cadeia. Nós queremos justiça, não queremos vingança, porque vingança é para quem não trabalha. Justiça é com as autoridades”, disse.

Adelson Eloi Nestor de Almeida deixa dois filhos: um menino de 14 anos e uma menina de 13 anos. Ele morava no bairro Santa Luzia.

Irmã da vítima, Maria de Fátima espera que seja feita justiça. (Foto: Pedro Peralta)
Irmã da vítima, Maria de Fátima espera que seja feita justiça. (Foto: Pedro Peralta)

Esta não é primeira tragédia que abala a família. O pai de Adelson morreu atropelado no município de Rochedo anos há atrás. Ele teve a cabeça esmagada por um Fusca que era conduzido por um motorista embriagado. Segundo Lazáro Batista, o condutor não ficou preso.

Crime - De acordo com a polícia, o crime aconteceu por volta da meia noite e meia desta quinta-feira, no posto Antares. O vigia estava trabalhando quando flagrou Airton Colognesi, 30 anos, passando no meio das bombas de combustíveis.

O vigia abordou o rapaz e o mandou sair de dentro do posto, informando que o local era propriedade particular e já estava fechado. Airton não gostou de ser advertido por Adelson, e os dois começaram a discutir, informa a Polícia.

A discussão terminou em agressão. A vítima tentou escapar do autor e correu para uma borracharia que fica ao lado do posto. Lá, Airton usou uma barra de ferro para golpear a cabeça de Adelson, que teve o rosto desfigurado e morreu caído na calçada.

Em depoimento na delegacia, Airton disse que é lutador de jiu-jítsu e que já praticou boxe. Ele foi autuado por homicídio doloso (quando há intenção de matar).

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