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Capital

Famílias da Cidade de Deus pressionam por transferência de bairro

Kleber Clajus e Flávia Lima | 18/03/2015 08:49
Moradores se reúnem em frente ao Paço Municipal e querem prazo para mudança de endereço (Foto: Marcelo Calazans)
Moradores se reúnem em frente ao Paço Municipal e querem prazo para mudança de endereço (Foto: Marcelo Calazans)

Moradores da favela Cidade de Deus protestam, nesta quarta-feira (18), após atraso no cronograma de transferência de 200 famílias do bairro Dom Antônio Barbosa para o Jardim Noroeste. A Prefeitura de Campo Grande justifica que depende de decisão judicial para cumprir o acordo.

Com cartazes, cerca de 16 pessoas se reúnem na entrada do Paço Municipal, que teve reforço de segurança com 15 agentes da Guarda Municipal. Eles exigem um posicionamento sobre a transferência que deveria ter ocorrido em 15 de janeiro, porém ainda depende de despacho judicial.

Pedro Gabilão, 23 anos, chegou a pedir demissão do emprego para ajudar a esposa e os filhos de 1 e 3 anos durante a mudança. Como ela não aconteceu vive da solidariedade de vizinhos. “Se não vier ninguém [da prefeitura] vamos trazer mais gente”, disse cobrando solução para o caso por escrito.

De acordo com o procurador-geral do município, Fábio Castro Leandro, o próprio Judiciário suspendeu o processo que tramita na 2ª Vara de Registros Públicos da Comarca de Campo Grande. “Não há o que fazer enquanto não sair decisão do processo. O que for decidido o município vai cumprir”.

Cortes no fornecimento de energia elétrica, pela concessionária Energisa, também são criticados pelos moradores que mantém ligações clandestinas para o funcionamento das geladeiras, por exemplo.

A transferência da favela Cidade de Deus, nas imediações do lixão, na saída para Sidrolândia, foi definida pela Justiça em 5 de dezembro de 2014. Além dos 25 quilômetros de distância, o desafio é dotar o novo endereço com infraestrutura, escola, atendimento médico e linhas de ônibus para atender as 200 famílias. O novo endereço contou com desapropriação de área de 4.881 metros quadrados no Noroeste, porém tanto os moradores da favela quanto os do bairro que irá recebê-los reclamam da transferência.

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