Farmácias de manipulação já não têm matéria-prima para produzir álcool em gel

Recém autorizadas a preparar álcool gel, farmácias de manipulação já trabalham com lista de espera. Não há no mercado matéria-prima para produção em Campo Grande. Medida da Agência Nacional de Vigilância Sanitária que regulamenta a ação foi publicada ontem (18) no Diário Oficial da União para auxiliar na contenção do coronavírus.

Tentando aumentar a disponibilidade, a produção feita em farmácias de manipulação também já vai se esgotando na Capital. Com pouca disponibilidade dos "ingredientes" que compõem o produto final, duas unidades que conseguem fazer a manipulação na região central se preocupam com a matéria-prima.

A previsão é que o fornecimento deve se esgotar em pouco tempo. De acordo com a farmacêutica responsável pela Derma Ativa, Giselly Aranda, a equipe está conseguindo lidar com a demanda momentaneamente. “Por enquanto, temos, mas acreditamos que não deva durar por longo tempo, muitas pessoas estão fazendo a solicitação”.

O problema também é enfrentado por outra empresa do Jardim dos Estados, os pedidos são intensos.

A diretora da Relva Farma, Flávia Cristina Nicolau Maki, disse que 40 pessoas já entraram na lista de espera nos últimos dias. “Recebemos um pedido grande para hospital, então precisei direcionar para eles e depois possibilitar aqui no balcão. Estamos procurando novos fornecedores para a matéria-prima também”.

Em consequência da falta, ainda não há previsão de novos valores para compra. “Não temos os preços dos fornecedores, todo mundo está em busca desses ativos. Só quando conseguirmos as confirmações vamos falar os valores ao público, que pode subir mesmo”, explicou Flávia. Frascos de 60 ml que custavam R$ 8 passaram a valer R$ 10, preço que será modificado.