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Capital

Fiéis se reúnem em missa e protestam contra reformas do governo Temer

Ricardo Campos Jr. e Willian Leite | 01/05/2017 09:44
Padres posicionados para a celebração em frente a fieis com cartazes contra a reforma da Previdência (Foto: Willian Leite)
Padres posicionados para a celebração em frente a fieis com cartazes contra a reforma da Previdência (Foto: Willian Leite)
Fieis acompanham celebração de São José Operário na paróquia São Francisco de Assis (Foto: Willian Leite)
Fieis acompanham celebração de São José Operário na paróquia São Francisco de Assis (Foto: Willian Leite)

Em comemoração à festa litúrgica de São José Operário, que coincide com o Dia do Trabalho, fiéis católicos se reúnem nesta segunda-feira (1º) em uma celebração eucarística na paróquia São Francisco de Assis, em Campo Grande. Alguns fiéis seguravam placas contra a Reforma da Previdência, além de bandeiras do Brasil.

Apesar de todos os protestos, a administradora Sônia Minder, 50 anos, resume o verdadeiro sentido da missa, que recorda os sacrifícios cotidianos dos trabalhadores em busca do sustento e pede a Deus pelos desempregados.

“Essa celebração significa a santificação do trabalho humano. Assim como o pão e o vinho são transformados no Corpo e no Sangue de Cristo no altar, o trabalho do homem é santificado no mesmo altar”, afirma a fiel.

O padre Agenor Martins da Silva, que preside a celebração, explica que a memória de São José Operário existe há centenas de anos dentro da Igreja Católica.

“A intenção é celebrar Jesus, que é o filho do carpinteiro (Mt 13,55). Ao celebrar o Dia do Trabalhador em tempos de conflitos e mudanças na lei trabalhista, a Igreja quer dar a sua contribuição ao valorizar o trabalhador”, explica.

Os fiéis foram reunidos fora do templo antes do início da celebração para apresentações culturais, entre elas, danças típicas de um grupo indígena Guarany-kaiwá e cirandas.

Ao fim da missa, será lida uma carta do arcebispo de Campo Grande, Dom Dimas Lara Barbosa, que reflete sobre o panorama sócio-político atual do país. Para ele, os tempos têm sido difíceis, com o fechamento de postos de trabalho em função da retração econômica, "deixando milhões de famílias inseguras e desesperançadas".

Dimas opina ainda, especificamente sobre as alterações nas regras da aposentadoria, que a forma como os governantes tratam o tema é "bastante falha". Ele prega maior discussão com a sociedade sobre o assunto de forma que as análises não sejam baseadas apenas em números para "evitar que justamente os mais vulneráveis sejam prejudicados em seus direitos".

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