Financiado pelo BNDES, crematório na Av. Tamandaré está em fase final
Empresa responsável solicitou licença de operação à Prefeitura de Campo Grande, que analisa o pedido

Agora parece que é verdade. Depois de anos e anos de expectativa por um crematório em Campo Grande, para evitar as caras e desgastantes viagens de familiares que não queiram enterrar seus mortos, está em avançado estágio a obra de estabelecimento privado do tipo, na Avenida Tamandaré, no Jardim Seminário, bem em frente ao Cemitério Jardim das Palmeiras, da Pax Nacional, responsável pelo empreendimento. A clientes, a informação fornecida é de expectativa de inauguração até o fim deste ano.
Com a obra em fase final, falta agora, a autorização municipal. A Prefeitura informou que a licença de operação já foi solicitada e está em análise. O projeto foi anunciado pela empresa em 2013 e só agora se concretiza.
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Batizado de Crematório Campo Grande, o empreendimento tem financiamento do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Contraído em 2017, o empréstimo feito foi de R$ 2,5 milhões, com prazo de pagamento de 30 meses e taxa de juros de 7% por cento ao mês.
No local, fechada por tapumes e com alertas de cuidado com o cão bravo, a construção ganha forma e atrai a atenção de quem passa.
Valor - A empresa ainda não oferece planos com a opção da cremação, pois depende da data de abertura do crematório para isso. Por isso, ainda não há definição de preços para quem pede informação.
Agentes funerários ouvidos pelo Campo Grande News informaram que, hoje, para o processo de cremação, o custo pode chegar a R$ 10 mil, dependendo do destino escolhido para isso. As opções mais próximas são Araçatuba, no interior de São Paulo, e Cuiabá (MT), ou ainda a capital de São Paulo.
A estimativa de custo inclui o traslado do corpo e a cremação, em si. Eliminando a viagem, o preço esperado é entre R$ 3 mil e R$ 4 mil.
Fora isso, conforme quem trabalha no setor de “pós-vida”, citou à reportagem, um cálculo inestimável, que é o conforto de poder desperdir-se de um enteque querido sem a necessidade de deslocar-se para outra cidade e, ainda, cuidar de um funeral mais complexo.
Existe desde 2013, lei autorizando a intalação de crematório público na cidade. Mas não há qualquer plano anunciado neste sentido. Em um estudo projetando investimentos públicos, anexado ao Plano Diretor de Campo Grande, a instalação de forno para cremação pelo Município é prevista só para 2048.