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Capital

Fraudadores de energia contratam homem para "resetar" peças adulteradas

Nyelder Rodrigues | 19/05/2016 21:10
Equipamentos apreendidos foram apresentados pela Polícia Civil (Foto: Reprodução/PCMS)
Equipamentos apreendidos foram apresentados pela Polícia Civil (Foto: Reprodução/PCMS)

Subiu para 100 o número de pessoas envolvidas com as fraudes no consumo de energia elétrica, descoberto recentemente pela Polícia Civil. Além disso, um homem contratado para desfazer as fraudes e despistar as investigações, resetando equipamentos adulterados, foi preso e levado à 5ª DP (Delegacia de Polícia Civil).

Comandada pela equipe da 5ª DP e do SIG (Serviço de Investigações Gerais), a Operação Cabrito estourou com a prisão de um leiturista na semana passada, suspeito de participar das fraudes. Naquele momento, mais de 40 pessoas envolvidas foram identificadas, explica o delegado João Reis Belo.

"Agora prendemos outro leiturista agindo da mesma forma, e hoje estamos próximos de 100 pessoas identificadas e que já foram notificadas", frisa o delegado, que afirma aguardar todos os laudos do Instituto de Criminalística ficarem prontos para fazer comparativos e se ter ideia do prejuízo total causado.

"Recebemos alguns informes, mas ainda sem a totalidade. Mas são cifras altíssimas. Sabemos que o prejuízo para a empresa [Energisa, responsável pelo fornecimento em Campo Grande] é milionário", destaca Reis. Os envolvidos já foram notificados a comparecer à delegacia e serão indiciados por corrupção ativa e passiva.

"Descabriteiro" - A Polícia Civil prendeu e apresentou hoje também um homem que não teve a identidade revelada. Ele afirma que, há uma ou duas semanas, foi contrato pelo grupo que oferecia as fraudes aos consumidores para desfazer as adulterações. "Me passaram os endereços e eu fui resolver o problema", conta.

Os fraudadores usavam equipamento de alta tecnologia que eram capazes de mudar os registros e até resetar as alterações feitas no "relógio" de energia, apagando a fraude.

Além disso, os leituristas faziam uma espécie de sub-leitura, registrando com eles valores inferiores ao do "relógio", recebendo então gratificações para isso.

"Nos imóveis que já fizemos a perícia, incluindo residências e comércios, alguns grandes, tivemos uma média de 20 mil kw por unidade consumidora", revela o perito criminal Sávio Ribas.

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