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Capital

Frota de veículos adaptados garante acessibilidade a 79 cadeirantes da Reme

Flávia Lima | 08/05/2015 09:16
Alunos cadeirantes contam com a ajuda de professores e motoristas para o transporte. (Foto:Divulgação)
Alunos cadeirantes contam com a ajuda de professores e motoristas para o transporte. (Foto:Divulgação)

Para garantir o acesso de 79 alunos cadeirantes ao ensino oferecido pela Reme (Rede Municipal de Educação), a prefeitura da Capital vem investindo em uma frota de veículos adaptados. Atualmente os alunos que possuem algum tipo de deficiência ou dificuldade de locomoção contam com sete veículos específicos para realizar diariamente o transporte desses alunos.

A frota conta com micro-ônibus e kombis, todas com elevador para cadeira de rodas e acessórios de acessibilidade, necessários para o transporte seguro dos alunos.

"No caso dos estudantes que são cadeirantes, muitos deles também podem apresentar outras deficiências que não permitem independência em sua mobilidade, no manuseio da cadeira de rodas ou possibilidade de tomar um ônibus comum. Levando em conta o contexto de vulnerabilidade social destes estudantes, entendemos que o transporte especial também é um direito fundamental e que é nosso dever garanti-lo", explica Adriana Aparecida Burato Marques Buytendorp, chefe da Divisão de Educação Especial.

Para a dona-de-casa Ramona de Lourdes Nunes, avó dos gêmeos Beatriz e Bernardo, 13, ambos com deficiência intelectual e cadeirantes, a educação dos netos só é possível por conta deste serviço. "Imagina uma pessoa como eu empurrar duas cadeiras de rodas com crianças pesadas para levá-los à escola todo dia. Se não fosse esse transporte escolar, meus netos não teriam acesso à escola, seria muito difícil, pois sou sozinha", revela.

Os irmãos integram turmas regulares na escola onde estudam e participam das mesmas atividades educacionais que alunos sem deficiência.

Além dos veículos, professores e motoristas também são orientados quanto a forma correta de transportar os alunos e manusear os equipamentos utilizados pro eles para locomoção. "Nem todos os pais relatam dificuldade no transporte de alunos cadeirantes, por isso a gente tem que observar a frequência e as condições em que eles são trazidos até aqui. Foi numa situação assim que conseguimos incluir outra estudante, também com paralisia cerebral, que não conseguia vir sempre à escola e que hoje comparece diariamente", explica a professora Marlene Nonato.

O motorista Ivan Francisco, que transporta os cadeirantes, diz que, além da responsabilidade no sentido de obedecer as normas de trânsito com mais rigor,o contato com os alunos especiais cria um laço entre os profissionais e as famílias.

“Não tem como não vestir a camisa e se dedicar ao máximo. E assim a gente também vai percebendo a importância do nosso trabalho, que possibilita a outros o direito de estudar”, conclui.

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