Funcionária diz que assinou carta de demissão para supervisora não chamar PM

Em depoimento na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Cepol, uma das cinco funcionárias presas por furto de materiais de limpeza no Hospital Universitário de Campo Grande, disse que assinou carta de demissão para a supervisora não chamar a polícia, mesmo assim, a PM foi acionada.

Elas passaram por audiência de custódia na manhã desta sexta-feira (12) e tiveram a liberdade concedida pela juíza plantonista Eucelia Moreira Cassal. Uma sexta mulher, também suspeita pelos furtos, conseguiu fugir. Com cada uma delas foram encontrados de caixas de luvas a rolo de papel higiênico.

Na mochila de uma das mulheres havia 1 rolo de papel higiênico, dez sacos de lixo e 1 caixa de luvas aberta. Questionada, ela disse que era a primeira vez que havia furtado e os objetos seriam para consumo próprio. A funcionária reclamou ainda da atitude da supervisora de 33 anos, que convenceu as cinco mulheres a assinar carta de demissão em troca de não registrar boletim de ocorrência. Elas assinaram, mas mesmo assim, a Polícia Militar foi acionada.

Caso - À Polícia Militar, a coordenadora da empresa informou que, há algum tempo, notava alterações na quantidade de produtos no estoque e, nesta quinta-feira (11), flagrou uma funcionária colocando itens hospitalares em sua mochila.

Diante do flagrante, a chefe desconfiou do restante da equipe e pediu para que todas mostrassem o que tinham dentro de suas bolsas, constatando que as funcionárias haviam furtado diversos materiais de propriedade da empresa terceirizada e do hospital.

Foram recuperados um rolo de papel higiênico; 11 caixas de luvas cirúrgicas; 56 sacos de lixo; 1 caixa fechada de máscaras descartáveis; 4 pacotes de sabonete líquido; 1 esponja e 3 garrafas de álcool 70%. Além de um recipiente com "removedor". Elas vão responder em liberdade por furto qualificado por abuso de confiança. As mulheres têm entre 18 e 41 anos.