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Capital

Funcionário público cai em golpe e criminosos fazem empréstimo de R$ 77 mil

Do total, R$ 37 mil foram usados em transações bancárias e pagamentos de tributos e boletos

Liniker Ribeiro | 20/05/2019 14:42
Print da tela de celular com as ligações feitas pelo número usado por golpistas, segundo vítima (Foto: Divulgação)
Print da tela de celular com as ligações feitas pelo número usado por golpistas, segundo vítima (Foto: Divulgação)

Homem, de 48 anos, correntista do Banco do Brasil, em Campo Grande, procurou a Polícia Civil para registrar boletim de ocorrência após ser vítima de estelionato. Segundo ele, os golpistas entraram em contato por telefone, na última quinta-feira (16), solicitando que o acesso ao aplicativo da empresa fosse atualizado e, no dia seguinte, a vítima descobriu que um empréstimo no valor de R$ 77 mil havia sido feito em seu nome.

Professor, o homem revelou que a ligação partiu de um número que o próprio aparelho celular identificou como sendo do banco. “O rapaz se apresentou como gerente da minha agência, falou em nome do próprio (Rodrigo), sabia meu nome e todas as minhas informações”, revelou.

Como o golpista não solicitou nenhum tipo de informação, ou mesmo senha, o correntista não desconfiou que se tratava de um golpe. Por conta da ligação, a vítima chegou a ir até um caixa eletrônico e realizar um novo cadastro de acesso ao aplicativo. Porém, após isso, não conseguiu mais ter acesso as informações de sua conta.

Somente no dia seguinte, na sexta-feira (17), é que a vítima descobriu o empréstimo. “Me ligaram por volta das 13h40m fui ao banco e depois de tudo isso uma mensagem no caixa eletrônico pedia para eu procurar minha agência. Cheguei a retornar a ligação para o número que me ligou e, realmente, caiu em um canal do banco, onde aparecia uma mensagem eletrônica, mas não me deu opção de falar com um atendente”, afirma.

De acordo com ele, a ligação recebida partiu do número 4004-4001. Foi em uma nova ligação, dessa vez para o 0800 cadastrado como SAC (Serviço de Atendimento ao Cliente) do banco, que a atendente orientou o correntista a procurar sua agência e cancelar todas as senhas e cartões.

No local, localizado na Avenida Euclides da Cunha, além de descobrir sobre o empréstimo, a vítima descobriu que R$ 37 mil do valor total já havia sido desconto. A quantia seria referente a transferências para duas contas, uma do Ceará e outra do interior de São Paulo, pagamentos de tributos e boletos.

Por ser funcionário público, a vítima acha estranho o empréstimo ter sido aprovado, já que a autorização deveria depender de um sinal verde do governo. “Sou funcionário do estado e, para fazer o empréstimo, é necessário uma aprovação do Estado. Não pode comprometer uma porcentagem do salário e a consulta de margem costuma demorar umas 2h”, revelou.

Orientada pelo gerente, a vítima registrou boletim de ocorrência, que será entregue ao banco junto com uma carta escrita a próprio punho explicando o ocorrido e solicitando o ressarcimento. 

A reportagem entrou em contato com o Banco do Brasil que informou que não liga nem envia mensagens ou links solicitando senhas e dados da conta dos clientes e tampouco pede confirmação de atualização de aplicativos em ambientes de autoatendimento. Ao receber ligação telefônica ou contato pessoal suspeito, o cliente deve desligar o telefone e procurar uma agência ou caixa eletrônico para alterar suas senhas, mesmo que não as tenha informado.

O Banco do Brasil acolhe todas as reclamações de movimentações financeiras não reconhecidas pelos clientes, abrindo um processo de contestação. Posteriormente, esse processo é analisado pela área técnica que define qual a responsabilidade das partes, cliente e Banco, na ocorrência. Sempre que o parecer indica o encerramento do processo com responsabilidade do Banco, o cliente é integralmente ressarcido no valor da contestação.

(Matéria atualizada às 17h para acréscimo de informações).

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