Galho de figueira que é "patrimônio" cai e interdita pista da Afonso Pena
Estrutura dá problemas há 10 anos, mas por ser protegida por lei não pode ser retirada do local

Um dos galhos de uma figueira centenária na Avenida Afonso Pena caiu nesta quarta-feira (6) e interditou uma das pistas no sentido centro/bairro. A queda ocorreu no trecho da Rua Camapuã, via que também dá acesso à Rua Guia Lopes. A estrutura faz parte do grupo de vegetações tombadas pelo município de Campo Grande e não pode ser mexida.
Segundo o vice-presidente do Circulo Militar, coronel Carlos Tomazela, a árvore tem apresentado problemas há dez anos. O pedido para uma solução foi reiterada ao Executivo há dois anos, mas nada foi feito.
A estrutura faz parte do grupo de árvores tombado pela Prefeitura. Dessa forma, a Semadur (Secretaria de Meio Ambiente e Diretrizes Urbanas) só trabalha na manutenção, mas não pode retirá-la.
O trabalho para desobstrução da pista deixou a Rua Camapuã totalmente interditada e uma das pistas da Afonso Pena fechada.
“Há quatro meses um caminhão atingiu a árvore e a força do impacto chegou a derrubar um poste. E agora o galho arrastou parte da rede elétrica”, explicou o coronel.
No local, equipes do Corpo de Bombeiros e Energisa desocupam a via e fazem o reparo da rede elétrica, respectivamente.
Estragos – De acordo com o coronel Tomazela, vários pedidos de retirada da árvore já foram feitos. “O círculo já teve de mudar o telhado, repetidamente, as raízes danificam as calçadas e canos”, pontua.
Ainda segundo Tomazela, a figueira é uma árvore exótica e invasora e não soma para a fauna do município.
“É uma árvore exótica, altamente, invasora e está pondo em risco a estrutura do prédio, da rede de esgoto e de água. Parte da calçada está intransitável, pois ela já tomou conta. Não tem o que fazer, porque a Semadur cumpre a lei. Acredito que a única solução será judicial”, finalizou.