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Capital

Grupo pede ciclovia e respeito em segundo Passeio pela Paz no Trânsito

Caroline Maldonado e Flávia Lima | 20/12/2015 09:32
Evento pretende chamar atenção de todos para o respeito aos ciclistas (Foto: Fernando Antunes)
Evento pretende chamar atenção de todos para o respeito aos ciclistas (Foto: Fernando Antunes)

Apesar de ter apenas 80 quilômetros de ciclovia, Campo Grande tem muita gente que não abre mão de pedalar, seja pelo bem-estar ou pela necessidade de ir e vir. Pensando nessa galera, que se aventura pelas ruas e avenidas, um grupo de empresários realiza nesta manhã o 2º Passeio pela Paz no Trânsito, que saiu da Avenida das Bandeiras e vai até a Praça do Rádio, passando pelas avenidas Fernando Corrêa da Costa e Afonso Pena.

Com 2,5 mil inscritos, o evento pretende chamar atenção de todos para o respeito aos ciclistas no trânsito. Muitas pessoas vão chegando já no meio do percurso, segundo um dos organizadores, Adair Branco. Para destacar a importância do movimento, ele lembra que Mato Grosso do Sul é o terceiro Estado com maior número de mortes no trânsito.

“Em setembro deste ano, houve morte de 15 pessoas nas ruas e avenidas. Campo Grande tem um trânsito violento e os ciclistas e motociclistas são os mais vulneráveis. Os principais motivos de mortes são excesso de velocidade, imprudência e embriagues”, disse Aldair.

Mara Ruth usa a bicicleta para ir ao trabalho pelo menos três vezes por semana (Foto: Fernando Antunes)
Mara Ruth usa a bicicleta para ir ao trabalho pelo menos três vezes por semana (Foto: Fernando Antunes)
Para Juliano, a bike é mais do que um meio de transporte (Foto: Fernando Antunes)
Para Juliano, a bike é mais do que um meio de transporte (Foto: Fernando Antunes)

Entre os participantes do passeio, a diarista Mara Ruth, usa a bicicleta para ir ao trabalho pelo menos três vezes por semana. “É importante conscientizar as pessoas e além disso, acho que deveria ter mais ciclovia. Muitas vezes, eu vou de ônibus, porque tenho medo. Já fui fechada por carro três vezes e quase sofri acidente grave”, conta.

Para o autônomo Juliano Almeida, a bike é mais do que um meio de transporte. Ele tem uma tatuagem no braço que, de cara, mostra o entusiasmo com o pedal. “Além da falta de ciclovia, muitas ruas estão esburacadas e o ciclista acaba usando a calçada, o que é proibido. Campo Grande caminha a passos lentos na questão da mobilidade urbana. Em Curitiba, por exemplo, foi feito um projeto urbano há mais de 10 anos que inclui o espaço do ciclista”, comenta.

Celso perdeu 10 quilos no primeiro ano em que começou a pedalar (Foto: Fernando Antunes)
Celso perdeu 10 quilos no primeiro ano em que começou a pedalar (Foto: Fernando Antunes)

Desde 2013, Juliano faz parte de centenas de pessoas que participam de passeios ciclísticos pela cidade. São tantos grupos, que dá para encontrar uma turma diferente todos os dias da semana.

“Os grupos são mais respeitados, porque estão em grande número e levam equipamentos essenciais, mas sei das dificuldades que e pedalar sozinho nas ruas da cidade”, diz.

Aos poucos, a cidade vai ganhando mais gente interessada no ciclismo, que reivindica mudanças no trânsito. O estudante Breno de Souza Quintino pedala há apenas 1 ano e lamenta o fato de a Capital não estar preparada para o tráfego das bikes. “A cidade não está pronta para praticar o ciclismo em sua plenitude. É muito perigoso, porque você acaba se misturando aos carros e pode acontecer acidente”.

A paz no trânsito é fundamental, mas chamar atenção para os benefícios da prática é o objetivo do comerciário Celso Lopes de Oliveira, que pedala ha 5 anos. Ele pesava 83 quilos e perdeu mais de 10 quilos só no primeiro ano. “Consegui parar de fumar e me encontrei no ciclismo. Então é muito importante ter um planejamento melhor nas Capitais”.

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