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Capital

Grupo quer criar associação de vítimas do "desastre" da Nasa Park

Edital foi publicado, convocado "a todos os interessados" para reunião, no dia 23 de junho

Por Silvia Frias | 20/06/2025 11:52
Grupo quer criar associação de vítimas do "desastre" da Nasa Park
Rompimento de barragem, ocorrido em agosto de 2024, arrastou plantações e atingiu casas na região (Foto/Arquivo)

Edital publicado nesta sexta-feira (20) convoca a “todos os interessados” para assembleia geral para criação da Associação das Vítimas do Desastre da Represa Nasa Park”. Em pauta, a discussão e aprovação do estatuto social, eleição e posse da diretoria.

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Um edital publicado nesta sexta-feira convoca interessados para a assembleia geral de criação da Associação das Vítimas do Desastre da Represa Nasa Park. A reunião abordará a aprovação do estatuto social e a eleição da diretoria. O evento ocorre após o rompimento da barragem em agosto de 2024, que causou danos significativos na região. O desastre resultou na liberação de 800 milhões de litros de água e lama, afetando 11 propriedades rurais. Embora um acordo judicial tenha sido firmado para compensar as vítimas em R$ 1,305 milhão, nem todas as famílias aceitaram a proposta, com algumas alegando prejuízos muito superiores.

O edital de convocação é assinado por Marcelo Maçães Coutinho, que é diretor de empresa especializada em fabricação de álcool em Campo Grande. A reportagem entrou em contato no local, mas informação é que ele estava em viagem e não retornou aos telefones enviados. A assembleia será realizada no dia 23 de junho, às 20h, em endereço na avenida Mato Grosso.

O Campo Grande News também entrou em contato com moradores do entorno do Nasa Park e apenas um citou que sabia de quem se tratava. Os outros, que preferiram não ter o nome divulgado, se mostraram surpresos com a iniciativa, sobre a qual não tinham conhecimento anterior.

A reportagem entrou em contato com assessoria do MPMS para saber se tem conhecimento da proposta de formação de associação e aguarda retorno para atualização do texto.

Histórico - Em 20 de agosto de 2024, a barragem do empreendimento se rompeu, liberando aproximadamente 800 milhões de litros de água e lama, que arrastaram casas e plantações em devastação que chegou a extensão de 10 quilômetros, em área próxima da BR-163, entre Jaraguari e Campo Grande.

Nos meses seguintes, entre setembro e dezembro, o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) identificou pelo menos 11 propriedades rurais afetadas. O empreendimento chegou a ter valor de R$ 35 milhões bloqueados judicialmente, mas a decisão foi suspensa depois de acordo firmado formalizado com MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), em fevereiro deste ano, para pagar as vítimas do rompimento da barragem, que chegou a R$ 1,305 milhão.

Nem todas as famílias aceitaram o acordo, como Gabriele do Prado Lopes Bettencourt, que recebeu como proposta R$ 150 mil, mas que calcula prejuízo real de R$ 800 mil. Neste caso, conforme o acordo, os valores seriam depositados em juízo, em prazo de dois anos.

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