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Capital

Hospital do Câncer pede ajuda para pagar enfermagem

Hospital Alfredo Abrãao pede ajuda à população e entes públicos para arcar com novo piso salarial da categoria

Silvia Frias | 17/08/2022 09:08
Da demanda total do hospital, 99% é de pacientes encaminhados via SUS. (Foto/Divulgação)
Da demanda total do hospital, 99% é de pacientes encaminhados via SUS. (Foto/Divulgação)

Com 132 profissionais da enfermagem, entre enfermeiros e técnicos, o Hospital de Câncer Alfredo Abrãao emitiu comunicado informando que pode entrar em colapso por não ter condições de arcar com o novo piso salarial da categoria. O impacto financeiro representa aumento de R$ 3,5 milhões ao ano na folha de pagamento.

No comunicado, além de informar que pediu ajuda aos entes públicos  - Estado e Município – a reportagem apurou que a incapacidade de pagar o aumento da folha também foi encaminhado ao MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul).

No documento, consta que o hospital já enfrenta dificuldades, agravadas ainda pela covid-19. “A situação que já era crítica, tornou-se insustentável financeiramente ante os custos crescentes e uma tabela SUS defasada há mais de 13 anos”, informou. Atualmente, 99% dos pacientes atendidos no hospital são encaminhados via SUS (Sistema Único de Saúde).

Atendimento a pacientes pode ser comprometido. (Foto/Divulgação)
Atendimento a pacientes pode ser comprometido. (Foto/Divulgação)

Após a pandemia, o hospital registrou aumento superior a 70% dos atendimentos, que saltou de 48.321 procedimentos em 2020 para 83.196 em 2021. Na lista, a entidade   realiza tratamentos contra neoplasias com equipe multiprofissional especializada, infraestrutura e insumos de altíssimo custo: Radioterapia, Quimioterapia, Braquiterapia, Centro Cirúrgico e de Diagnóstico por Imagem, Uti, Pronto Atendimento Médico 24h, Farmácias, Enfermarias e demais dependências necessárias. No total, são 421 funcionários.

O comunicado foi emitido também como forma de pedido de doação ao hospital. Os pagamentos já devem começar na folha de setembro.

Novo piso - A lei estabelece que enfermeiros devem receber, no mínimo, R$ 4.750 por mês. Técnicos de enfermagem devem receber, ao menos, 75% disso (R$ 3.325). Já auxiliares de enfermagem e parteiras têm de receber, pelo menos, 50% desse valor (R$ 2.375).

O Siems (Sindicato dos Trabalhadores na Área de Enfermagem de MS) estima que o reajuste deve ser aplicado a partir de setembro na folha salarial de profissionais do setor. Já os servidores públicos, no entanto, poderão ter a remuneração reajustada somente a partir de 2023.

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