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Capital

Hospital tenta transferir bebê sem intestino para centro especializado

João Humberto | 27/07/2016 16:35
Maryáh teve parte do intestino necrosado e pequeno pedaço que ficou não é suficiente para armazenar alimento consumido (Fotos: Arquivo Familiar)
Maryáh teve parte do intestino necrosado e pequeno pedaço que ficou não é suficiente para armazenar alimento consumido (Fotos: Arquivo Familiar)

Equipe médica do HR (Hospital Regional) de Mato Grosso do Sul providenciará o encaminhamento de Maryáh Alice Vitorya Centurião Amaral, nascida no dia 15 de julho, para um dos três centros especializados em tratamento do intestino curto, localizados em Recife (PE), São Paulo (SP) e Porto Alegre (RS). A criança nasceu de oito meses, com 2,3 quilos e possui apenas cerca de 10% do intestino.

Em um destes locais, ela poderá ser submetida a um tratamento para ganhar peso. A cura, no entanto, depende de uma cirurgia que custa pelo menos R$ 2 milhões e é feita nos Estados Unidos.

Conforme a assessoria de imprensa do HR, a equipe médica se reuniu na manhã de terça-feira (26) com a avó materna e os pais de Maryáh: Mara Alice do Nascimento Centurião, 40; Alice Centurião Alves, 15, e Clemerson de Souza Amaral, 35 anos.

Na reunião foram esclarecidas dúvidas a respeito do caso da criança. Também ficou acordado que os médicos do hospital providenciarão encaminhamento da pequena para um dos três centros especializados.

Maryáh será encaminhada ao centro que disponibilizar a vaga com maior urgência. Os trâmites do processo já começaram desde a reunião, como a emissão de laudo médico e pós-operatório, explicando como aconteceu a cirurgia.

Equipe do serviço social do HR também elaborou formulário contendo informações pessoais da família. A documentação é levada pelos familiares até a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) e o órgão encaminha à Casa da Saúde, que vai reforçar a busca por local em que exista a vaga disponível para então encaminhar a paciente.

A bebê de 13 dias perdeu 300 gramas, recuperou 100 e seu quadro de saúde é estável. Ela se alimenta por nutrição parenteral, ou seja, por sonda, e a maior parte cai na bolsa de colostomia, resultado de procedimento cirúrgico que consiste na abertura de parte do abdômen para fazer ligação com intestino no sentido de que as fezes e gases sejam eliminados ali.

Criança precisa ganhar em peso em tratamento antes de ser submetida cirurgia nos EUA, avaliada em R$ 2 milhões
Criança precisa ganhar em peso em tratamento antes de ser submetida cirurgia nos EUA, avaliada em R$ 2 milhões

Caso – A pequena Maryáh foi diagnosticada com gastrosquise, malformação fetal decorrente de defeito na formação da parede abdominal, caracterizado pela presença de abertura no abdômen, tornando possível a exposição de vísceras, como estômago e intestinos.

Quando a mãe da bebê descobriu que estava grávida, fez os ultrassons, que mostraram que o intestino da criança estava para fora da barriga. Por isso, só poderia nascer em hospital com UTI (Unidade de Terapia Intensiva) neonatal.

No entanto, durante o tempo em que Maryáh ficou na barriga da mãe, seu abdômen fechou e acabou matando a alça intestinal. Parte do intestino ficou para fora, mas o pedaço de dentro necrosou.

Quando Maryáh nasceu, os médicos observaram que a barriga da recém-nascida estava fechada e acreditaram que a situação era estável. Mas como a pequena vomitava o leite consumido, fizeram exame e detectaram o intestino necrosado, retirando grande parte dele.

Ela precisa ganhar peso num desses centros de tratamento para crianças com intestino curto. Assim que isso acontecer, ela terá que ser transferida para Miami, nos Estados Unidos, para ser submetida a cirurgia de transplante avaliada em R$ 2 milhões.

Doações em dinheiro podem ser na CEF (Caixa Econômica Federal), por meio da agência 1568, operação 023, conta poupança 00004065-8, em nome de Mara Alice do Nascimento Centurião. Quem quiser ajudar com fraldas e produtos de limpeza e banho para Maryáh, pode também ligar para os telefones celulares (67) 99230-9811 e 99675-6404.

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