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Capital

Incra promete "destravar" reforma agrária e criar 8 assentamentos neste ano

Alan Diógenes e Zana Zaidan | 05/05/2014 20:13
Celso Cestari disse que com o recurso de R$ 16 milhões vai ser possível construir oito assentamentos. (Foto: João Garrigó)
Celso Cestari disse que com o recurso de R$ 16 milhões vai ser possível construir oito assentamentos. (Foto: João Garrigó)

Durante reunião com os integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra) o superintendente Regional do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), Celso Cestari, afirmou que existem 38 mil hectares de terras para a construção de novos assentamentos. Além disso, ele informou que a entidade possui R$ 16 milhões para serem repassados aos assentados.

Estas foram as propostas apresentadas aos membros do MST que ocuparam a sede do Incra, no Shopping Marrakech, rua 25 de Dezembro, na Capital, na manhã desta segunda-feira (5). Cerca de 900 pessoas acamparam no local para pedir que 3,5 mil famílias sejam assentadas no Estado. Após a reunião, as famílias decidiram deixar o prédio.

Cestari admitiu que a reforma agrária está parada em Mato Grosso do Sul, e que os assentados estão desassistidos. “Estamos sem fazer um assentamento sequer. E existem famílias que estão assentadas há mais de cinco anos e nunca receberam os créditos iniciais para começar a produzir nas terras", destacou.

O superintendente afirmou que novos assentamentos serão construídos em junho deste ano. A meta é construir oito assentamentos. Uma parte destas áreas já foi vistoriada, outras estão em fase de conclusão e o restante foi oferecido pelos donos para desapropriação, mas o Incra ainda precisa estudar uma oferta de compra. “É a nossa vontade. Se vai dar certo, ou não, depende da Justiça desapropriar. Esperamos começar em junho ou julho”, prometeu.

Sobre os créditos iniciais, ele informou que, só neste ano, o Incra já repassou R$ 2 milhões aos assentados, e outros R$ 16 milhões estão disponíveis. "O recurso está travado, por que existem lotes irregulares, que foram vendidos ou abandonado", justificou.

Antes de começar o repasse, será feito um levantamento cronológico para estabelecer quem está inscrito no MST há mais tempo, e receberá o crédito primeiro.

A criação de assentamentos está parada desde 2009, quando a PF (Polícia Federal) realizou a operação Tellus. No final de 2012, depois de trabalhar levantando a situação de lotes ocupados irregularmente, conforme ordem da Justiça, o Incra recuperou a função de criar assentamentos.

(Matéria editada para correção de informações)

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