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Capital

Incrédulos, moradores tentam retomar rotina após estupro em condomínio

Funcionário acha possível que ninguém tenha visto menina ter sido levada para apartamento de vizinho

Anahi Zurutuza e Ana Beatriz Rodrigues | 05/09/2022 19:30
Residencial onde vizinho teria estuprado adolescente fica no Jardim Canguru. (Foto: Paulo Francis/Arquivo)
Residencial onde vizinho teria estuprado adolescente fica no Jardim Canguru. (Foto: Paulo Francis/Arquivo)

Incrédulos com o que aconteceu na noite deste domingo (4), moradores de condomínio no Jardim Canguru, onde menina de 13 anos denunciou ter sido estuprada por vizinho, de 37 anos, tentam levar a vida normalmente nesta segunda-feira. Quase ninguém quer comentar o assunto também.

“É uma coisa inacreditável, ninguém acha que vai acontecer”, afirmou um funcionário do residencial, o único a dar entrevista, na condição de anonimato.

Ele revelou que apesar dos moradores não quererem se comprometer, falando com a imprensa, o assunto do dia era o acontecido.  Muita gente não consegue acreditar como foi possível a garota ser arrastada para um dos apartamentos, como relatado à polícia, sem que ninguém tivesse visto. “É que no fim de semana, o pessoal bebe aqui né? Vai ver que não viram mesmo”, comentou o empregado sobre o movimento nas áreas comuns do condomínio, localizado na região sul de Campo Grande, aos sábados e domingos.

O que moradores, que ontem se mobilizaram para garantir a prisão do suspeito, agora aguardam é o resultado da investigação. Mas, nesta segunda-feira, algumas poucas crianças ainda desceram para brincar no pátio.

O Campo Grande News não conseguiu localizar a mãe da vítima e o apartamento do suspeito também estava vazio, no fim da tarde de hoje.

O caso – Conforme registrado em boletim de ocorrência, a mãe deu falta da adolescente por volta das 18h e só conseguiu localizá-la quase três horas depois, com alguns hematomas no pescoço, quando chamou a PM (Polícia Militar). A garota relatou que havia sido abordada por um vizinho e levada até o apartamento dele, onde foi estuprada, no banheiro.

A menina não narrou ter pedido socorro, mas disse ter sido ameaçada. Conforme descrito para os policiais militares, após recusar o convite do homem para ir até a casa dele, ele teria dito que caso ela não o obedecesse, “seria pior”.

A vítima foi levada a uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento), onde passou por exames. O homem foi preso, negou o crime em depoimento e disse que o filho dele, de 12 anos, tem relacionamento com a garota e que os dois adolescentes podem ter mantido relações sexuais. A garota, porém, reconheceu o homem como o seu agressor.

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